Controlo garantido por quem sente a Académica

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Foto Carlos Jorge Monteiro

Foto Carlos Jorge Monteiro

A opção pela SDUQ é a melhor ou a menos má?

Nas SDUQ temos a garantia que o capital social é representado por uma quota única e indivisível, detida integral e exclusivamente pelo clube fundador, que não poderá aliená-la a terceiros, porquanto legalmente qualificada como intransmissível. A SDUQ é, na nossa perspetiva, a melhor opção, pois a titularidade exclusiva do capital social pelo clube fundador, sócio único AAC-OAF, é a única que permite garantir a preservação da identidade de um clube sem paralelo no futebol nacional. A SDUQ preserva a identidade, porque garante o controlo do clube apenas por quem sente e gosta da académica: os sócios.

Além disso, o modelo SDUQ é perfeitamente compatível com uma gestão que permita atingir bons resultados desportivos. O Beira-mar e a Naval desceram à 2.ª liga. O U. Leiria e o Boavista estão da 2.ª B. Todos são SAD. O Paços de Ferreira vai à Champions e optou pela SDUQ. Lá fora, Real de Madrid, Barcelona, Dortmund não são SAD. O Bayern é uma SAD. Ou seja, em qualquer lado a gestão dos clubes pode ser boa, independentemente do modelo. Mas vale a pena olhar para a realidade em vez de fingir que ela não existe. E para a AAC-OAF, nesta conjuntura, a SDUQ é o modelo que melhor se adequa.

Esta é a opção que vai colher mais apoios sábado? Os sócios marcarão presença em força?

Como sabe, por força de decisão do legislador, a Académica, para se manter a competir na liga profissional de futebol já na próxima época desportiva, terá de optar por uma (SAD) ou por uma (SDUQ). Esta mudança, acelerada pelo legislador, é infelizmente análoga às mudanças aceleradas em que vivem as sociedades do nosso tempo. Assim, exige-se uma redobrada vigilância, reflexão organizativa e um acompanhamento rigoroso da conduta de todos os dirigentes. Por isso, todos os sócios têm que se mobilizar, porque está em causa o futuro da Académica.

A direção escreveu aos sócios a apelar que votassem SAD. Nós escrevemos à direção e ao presidente da assembleia-geral, em nome da igualdade, transparência e melhor esclarecimento, solicitando os contatos dos sócios para podermos enviar missiva com a nossa posição. Mais, ainda nos disponibilizamos para acompanhar, com o presidente da AG, todo o ato deliberativo, integrando as mesas e ajudando o respetivo escrutínio final. Até hoje, não obtivemos qualquer resposta.

Contudo, não esmorecemos e fazemos o nosso trabalho sendo que a opção pela SDUQ tem colhido apoio crescente dos sócios. Num dia, estávamos a conversar sobre o futuro. No dia seguinte, estavam centenas de sócios, unidos num movimento Académica 100% dos sócios. Além disso, é público que ilustres e prestigiados academistas como o magnífico reitor Rui Alarcão, o juiz conselheiro Santos Cabral, o médico e antiga glória da Académica Mário Campos, o ex-presidente da direção geral Ricardo Roque, os advogados Alfredo Castanheira Neves e Ferreira da Silva, o presidente do Núcleo de Veteranos Frederico Valido, entre outros ilustres academistas optam pelo modelo SDUQ. Podemos dizer com orgulho que aconteceu um encontro de gerações em prol do futuro da Académica como há muito não se vê. Mas o importante é que os sócios marquem presença e votem. A escolha é entre uma Académica dos sócios (SDUQ) ou dos acionistas (SAD).

Qual seria o modelo de financiamento ideal da SDUQ?

As receitas dos clubes são as quotizações dos sócios, patrocínios, televisão, receitas de bilheteira, merchandising, cativos, etc. Grosso modo, o financiamento é o mesmo em qualquer modelo, salvo se estivermos à espera de um mecenas (que facilmente se pode apaixonar pela Briosa e deslocalizar a sede para o seu país de origem). Independentemente do modelo que vier a ser adotado, é ponto assente que as sociedades desportivas devem estar sujeitas a regras e obrigações de informação sobre a gestão interna, por forma a que as entidades administrativas e os sócios possam efetivamente acompanhar e vigiar os seus atos de gestão financeira. Os responsáveis dos clubes, depois de terem de passar por um crivo constante de um conjunto de incompatibilidades e impedimentos, deveriam ser seriamente penalizados se não cumprissem com as ditas regras e obrigações. Para nós, o que importa é que o financiamento do clube só deve estar focado no seu sucesso desportivo e nunca no lucro financeiro individual dos seus acionistas. O negócio faz parte da vida desportiva profissional, mas não deve tornar-se um fim em sim mesmo. O clube deve manter-se clube de desporto e não uma agência de investimento financeiro para quem quer que seja.

Porque é que os sócios não devem escolher a SAD?

Pela identidade do clube, resultados desportivos com verdade desportiva, controle do clube pelos sócios. Os dirigentes passam, mas a Académica permanece. A Académica é um grande clube, mas diferente de outros grandes clubes. Não tem, por exemplo voto plurio (um sócio ter mais que um voto). Na AAC-OAF, atualmente, cada sócio corresponde a um voto. Numa SAD, quem vota são as ações, é o capital e não as pessoas. E quem tiver mais ações tem mais votos. Se a SDUQ não vencer, pode ser a última vez que todos vamos poder votar para tudo o que diga respeito à nossa Briosa.

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