No ano passado, a Associação das Cozinhas Económicas Rainha Santa Isabel serviu 110 mil refeições. E, a julgar pelos números dos primeiros meses de 2013, a Cozinha Económica de Coimbra deverá este ano bater novo recorde de refeições servidas no antigo edifício do Terreiro do Mendonça, em pleno “coração” da Baixa de Coimbra.

Arminda Lemos, presidente da instituição, referiu que só em abril deste ano, foram servidos 9.500 almoços e jantares, o que dá uma média de 450 refeições diárias. “Mais ao almoço do que ao jantar”, especifica a responsável.

Os principais beneficiários são aqueles que têm carências económicas ou que, pelos mais diversos motivos, estão a atravessar um momento de maior dificuldade financeira. Mas, como refere a Irmã Lucinda, “nunca negamos um prato de comida a quem nos procura”.

Todos os utentes da instituição deveriam pagar pela sua refeição 1,40 euros. É esse o preço estipulado pela direção da associação, mas que não é cumprido por todos. Por exemplo, há quem tenha uma carta dos serviços de Segurança Social a indicar que lhes deve ser servida gratuitamente uma refeição. “Um novo tipo de pobreza que começa agora a surgir”, disse a presidente Arminda Lemos.

Aliás, a instituição dispõe de algumas assistentes sociais que, perante a presença dos “novos pobres”, os tentam ajudar a “encontrar novamente um rumo” para as suas vidas. “Muitas vezes basta encaminharmos a pessoa de forma a que concorra a alguma prestação social para que possa re-equilibrar-se e ganhar de novo autonomia”, realçam os elementos da direção.

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