A Escola da Noite apresenta na quarta-feira, às 21H30, um ensaio aberto a professores da sua próxima produção, “Nunca estive em Bagdad”, de Abel Neves. A duas semanas da estreia do espetáculo, a companhia de Coimbra pretende mostrá-lo antecipadamente aos professores do ensino secundário da cidade e da região, de forma a ouvir os seus comentários e ajudar a preparar futuras sessões especiais para o público escolar.

“Nunca estive em Bagdad” é a história de um jovem casal português a braços com uma mudança de casa, passada na altura da guerra do Iraque, em 2003. Enquanto a mudança vai sendo feita, Glória combate uma doença grave e Rogério não descola da televisão, que lhe oferece a guerra em direto.

O confronto entre as duas escalas – conflitos caseiros e globais, tragédias íntimas e civilizacionais – amplia o efeito de ambas, junto das personagens e junto dos espetadores, a maior parte dos quais se lembrará ainda do contexto em que esta peça é situada.

Abel Neves é um dramaturgo português contemporâneo, com vasta obra teatral publicada e representada, no país e no estrangeiro. É ainda autor de obras no domínio da ficção, da poesia e do ensaio. A Escola da Noite visita-o pela quarta vez no seu percurso, depois de “Além as estrelas são a nossa casa”, “Além do infinito” e “Este Oeste Éden”.

As reflexões que o texto pode suscitar tornam-no indicado para ser visto e discutido por jovens em idade escolar, designadamente a partir do final do 3.º ciclo do ensino básico.

Em paralelo à temporada para o público em geral, que terá início na última semana de outubro, A Escola da Noite realizará algumas sessões especiais para escolas, como é prática frequente da companhia. O ensaio aberto aos professores está marcado para as 21H30. A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo e-mail geral@aescoladanoite.pt ou pelos telefones 239 718 238, 966 302 488.

“Nunca estive em Bagdad”, um texto de Abel Neves, conta com a encenação de Sofia Lobo, espaço cénico de Ana Rosa Assunção e Sofia Lobo e figurinos e imagem gráfica Ana Rosa Assunção. A interpretação é de Maria João Robalo e Miguel Magalhães.