João Azevedo

O empreendedorismo é o principal promotor do desenvolvimento económico e social de um país. Identificar oportunidades, agarrá-las e criar os recursos para transformá-las em negócio lucrativo, esse é o papel do empreendedor. Na crise que o mundo atravessa, essa pode ser a única solução para quem não tem mais nenhuma outra solução.

Os políticos, e os autarcas em particular, deviam apostar em medidas que fomentem o empreendedorismo. Não podemos apenas “cortar” e não apresentar, pelo menos, um caminho, uma solução para ajudar a construir esse caminho. Temos de ser nós os motivadores e os alicerces para que o empreendedorismo se desenvolva. Porque este não é apenas um caminho de emprego, é também um caminho que fomenta os produtos e as mais-valias locais, que potencia uma região. Ora vejamos o caso da agropecuária, é fundamental criarmos laços e condições de mercado para que o setor evolua e cresça de uma forma saudável. Criando medidas que facilitem aos produtores – porque eles projetam não só os produtos locais, mas projetam também toda uma região – os meios de produção adequados (plantas, produtos…), formação e assessoria técnica, para que possam ser capazes de produzir em condições ótimas e assim criar melhores condições para o empreendedor.

A classe política devia olhar mais para as reais necessidades das pessoas e pensar que as pessoas já estão cansadas de receber cortes atrás de cortes no seu orçamento familiar, e que agora é altura de as ajudar a encontrar soluções, não só profissionais, mas soluções que dinamizam a economia, as regiões e que potenciam aquilo que é nosso: os nossos produtos! Criando as condições ideais para o sucesso destes projetos empreendedores, de interesse económico e social para a região, na medida em que são atividades geradoras de novos empregos com baixos investimentos, se comparados às demais alternativas de desenvolvimento económico.