“Ode marítima” na voz de Diogo Infante promete noite mágica na Colina de Camões

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Confessa-se um leitor pouco assíduo de poesia, mas rende-se à grandeza das palavras de Pessoa que, por interposição de Álvaro de Campos, engenheiro naval e viajante, “assinou” o poema que hoje promete uma noite mágica na Colina de Camões. Quando forem 21H30, Diogo Infante, acompanhado pela música (ao vivo) de João Gil, dirá a “Ode marítima”, naquela que, disse o ator e encenador, “é uma leitura muito pessoal de um texto de uma dimensão humana e de uma complexidade extraordinárias”.

Desafiado pela produção do Festival das Artes a fazer a leitura do grandioso poema de Álvaro de Campos – a propósito do tema geral da “viagem” –, Diogo Infante aceitou e, por sua vez, desafiou o músico João Gil a acompanhá-lo. Natália Luiza, na direção, completa o trio criativo desta que é uma “leitura na primeira pessoa” de um texto “grande” sob todos os pontos de vista em que quiser analisar-se.

E de tal forma o gosto se entranhou que, assegurou Diogo Infante em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, a leitura de “Ode marítima” – que o público de Coimbra tem a possibilidade de apreciar esta noite em estreia absoluta – vai resultar numa produção teatral, num projeto que conta já com o apoio do Teatro Nacional de S. João (Porto) e com o Teatro São Luiz (Lisboa), ainda que “só lá para 2013”.

Para já, Diogo Infante, o diretor que antecedeu João Mota no Teatro Nacional D. Maria II, afastado pela atual secretaria de Estado da Cultura por se ter manifestado contra o corte de verbas para a programação, continua a apresentar no São Jorge, em Lisboa, a peça “Preocupo-me, logo existo”, texto de Eric Bogosian, com direção cénica de Natália Luiza, que haverá de se apresentar em palcos de todo o país.

 

 

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