Pólenes com concentrações muito elevadas na próxima semana

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Concentrações muito elevadas no ar de pólenes de azinheira, carvalho, plátano, pinheiro, cipreste e erva parietária são esperadas nos próximos sete dias em Portugal continental.

“Em caso de precipitação, os níveis de pólen tenderão a baixar momentaneamente, mas voltarão a subir rapidamente na ausência de precipitação”, adianta o Boletim Polínico.

O boletim semanal, da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), visa informar a população sobre as concentrações polínicas no ar, a partir de dados obtidos através da leitura de vários postos de recolha contínua dos pólenes em diferentes regiões do país, para permitir a quem sofre de alergias agir preventivamente.

A SPAIC prevê para esta semana “concentrações muito elevadas de pólen no ar atmosférico em todo o continente”, indo o alerta para os pólenes de árvores, azinheira, carvalho, plátano, pinheiro, cipreste e da erva parietária (planta herbácea, da família das Urticáceas, espontânea em Portugal)..

O nível de poeira na atmosfera em Portugal ultrapassa desde sábado passado o limite aconselhável para a saúde, devido a um fenómeno climático arrastado do norte de África, disse à Lusa o coordenador da área do ar do departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL), Francisco Ferreira, que refere que a situação deverá durar até ao próximo sábado.

“As estações de monitorização da qualidade do ar de todo o país revelam valores que estão a exceder os limites fixados pela legislação, não devido apenas à poluição relacionada com as atividades humanas, mas, sem dúvida, resultado deste fenómeno, que já dura há uns dias”.

Um fenómeno que é comum em ilhas como a Madeira, Cabo Verde e Canárias, mas mais invulgar em locais mais a Norte.

“Em determinadas épocas do ano há tempestades de areia que levam a que muitas poeiras sejam arrastadas pelo vento desde o Norte de África – estamos a falar principalmente dos desertos do Saara e do Sahel – até vários locais da Europa, mas principalmente à Península Ibérica”, explicou Francisco Ferreira.

O valor limite é de 50 microgramas por metro cúbico (m3), sendo que os índices atuais em toda a rede chegam, segundo o especialista, a ultrapassar os 70 microgramas/m3.

A Agência do Ambiente está a acompanhar a evolução do nível de poeiras no ar e admitiu que poderá ser lançado um alerta caso a situação se agrave.

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