Comício da CDU ensombrado por protestos de estudantes nas Escadas Monumentais

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O protesto tinha sido agendado via rede social Facebook. Centena e meia de estudantes aderiram e, na noite de terça-feira (24), protestaram no último patamar das Escadas Monumentais pelo “vandalismo monumental” efetuado pela coligação em Coimbra ao decidir pintar frases políticas naquele local.

“Sr. Jerónimo, liberdade de expressão não é vandalismo” ou “E irem avante com uma limpeza das monumentais, camarada?” foram dois dos cartazes empunhados por alunos do ensino superior e que provocaram alguma tensão entre o último e o penúltimo lance de escadas. Sob o olhar atento de muitos militantes do PCP, os estudantes apuparam e assobiaram os discursos feitos ao fundo das escadas, tendo nalguns períodos discussões acaloradas e troca de insultos entre a cauda da assistência comunista e os estudantes.

À margem da polémica, passaram pelo palco a “jovem” comunista Catarina Pinto Ângelo, o candidato do Partido Ecologista Os Verdes, Paulo Coelho, o cabeça de lista Manuel Rocha e o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa. O diretor do Conservatório de Música lembrou o simbolismo das Escadas Monumentais e a “história que elas iam contar desta noite: são as pedras do nosso comício”

Num discurso bastante inflamado, Manuel Rocha abordou a questão do Serviço Nacional de Saúde (SNS), as fusões que se anunciam em três unidades de saúde da cidade e a construção de quatro espaços privados de saúde no concelho. O cabeça de lista não esqueceu a questão do Metro Mondego, frisando que exigem a reposição dos carris de ferro na ligação entre Serpins e Coimbra ao invés dos previsíveis “carris de borracha ” dos autocarros defendidos por Ana Jorge e Governo PS.

Jerónimo de Sousa lembrou a história do partido e aproveitou para fazer fortes críticas, desta vez, ao CDS-PP. Um partido que, segundo o secretário-geral comunista, vive “da dissimulação”, juntando a PS e PSD no que chamou de “baile mandado”. O acordo com a troika, as medidas que o acordo preconiza e as soluções defendidas pela CDU fizeram parte do discurso de Jerónimo de Sousa numa festa/comício que terminou ao som de “A Portuguesa”.

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