Fotógrafo que esfaqueou aluno de escola de Viseu condenado a pena suspensa

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O fotógrafo que esfaqueou um aluno nas imediações de uma escola secundária de Viseu, em 2009, foi esta quinta-feira (28) condenado a mais de quatro anos de pena suspensa e ao pagamento de uma indemnização de 15 mil euros.

Carlos Cunha foi condenado a quatro anos e quatro meses de prisão, em cúmulo jurídico, pelos crimes de homicídio simples na forma tentada e detenção de arma proibida, tendo o tribunal de Viseu entendido suspender a pena.

O tribunal entendeu que “a suspensão da pena deve ter lugar”, por considerar que o arguido é um homem “respeitador e trabalhador, muito apegado à família e com imagem social positiva apesar de todo o impacto desta situação”, para além de não ter antecedentes criminais.

Carlos Cunha foi ainda condenado ao pagamento de uma indemnização de 15.130 euros ao aluno, sendo 15.000 euros por danos não patrimoniais e 130 euros referentes a danos patrimoniais.

O tribunal de Viseu deu como provado que o arguido desferiu um golpe nas costas de Fábio Melo com uma navalha tipo borboleta, que lhe poderia ter causado a morte, caso não fosse socorrido atempadamente.

Agressão aconteceu há dois anos

O caso remonta a janeiro de 2009, altura em que o fotógrafo se deslocou à escola para combinar com a associação de estudantes fazer as fotografias do baile de finalistas.

Ao tribunal Carlos Cunha contou que aproveitou a reunião para lamentar que a sua esposa, professora naquele estabelecimento de ensino, andasse a ser incomodada por alunos de uma turma. Segundo o arguido, foi quando já ia a sair da escola, na companhia de elementos da associação de estudantes, que estes lhe apontaram Fábio Melo como sendo um dos jovens da turma em questão.

“Disse-lhe que tinha uma coisa para lhe mostrar e pedi para me acompanhar ao carro, que estava ao pé do café Teatro”, contou, acrescentando que era sua intenção confrontá-lo com os estragos na viatura. Acrescentou que foi perante a resposta do jovem de que não tinha sido ele nem os colegas a fazerem os estragos e que “nem sequer eram riscos de faca”, que decidiu tirar a navalha tipo borboleta que trazia no carro para fazer com ela um risco e compará-lo aos já existentes.

“Ele começou a gozar comigo, estava um (agente da) PSP em cima e eu disse-lhe que o levava lá. E ele atirou-se a mim”, relatou, acrescentando que depois de alguns murros e pontapés, Fábio Melo se afastou e que quando já estava a apanhar os documentos e o telemóvel que tinham caído é que uma rapariga o foi informar de que o jovem “estava aflito e precisava de ajuda”.

Carlos Cunha disse que tentou arranjar socorro para o jovem junto de agentes da PSP e da escola e que só soube da perfuração nas costas quando já estava nas instalações daquela polícia.

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