Novo Centro Regional de Sangue está embargado

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Foto Gonçalo Manuel Martins

Embargado há cinco meses. As obras das novas instalações do Instituto Português do Sangue, em S. Martinho do Bispo, estão paradas e a sua conclusão, para o ano em curso, pode estar em risco. Tudo porque, em Lisboa, os juristas daquele organismo público entenderam que, por se tratar de Estado, não era preciso submeter-se a licença camarária.

O embargo foi decretado em 29 de setembro, por decisão de João Paulo Barbosa de Melo, então vice-presidente da Câmara de Coimbra. Entretanto, foi decidido fazer um levantamento parcial, para que se pudesse “fechar o edifício”.

Desta forma, o que o DIÁRIO AS BEIRAS encontrou, ontem, foi um portão fechado a cadeado. Por trás, uma obra em muito adiantado estado de construção – por sinal, um empreendimento que promete ser uma referência, no plano arquitetónico, ali mesmo em frente à Escola EB 2,3 Inês de Castro e perto do Hospital dos Covões.

Diferendo sanado

Segundo Helena Gonçalves, diretora do Centro Regional de Sangue, o diferendo que originou o embargo está já sanado, após a entrada em funções da nova direção nacional da instituição – agora presidida pelo médico Álvaro Beleza. Por isso, todos os documentos necessários estão a ser preparados, em Lisboa, para serem entregues na Câmara de Coimbra. “Espero que, até final desta semana, possa fazê-lo”, diz a diretora.

De acordo com o vereador que detém o pelouro das Obras, o entendimento da câmara é de que o IPS não está isento de licenciamento. Também “Mas, claro, quando os documentos em falta derem entrada nos serviços, as obras podem ser retomadas, no imediato”, afirma Paulo Leitão.

Recorde-se que o Centro Regional de Sangue de Coimbra ocupa, há década e meia, instalações provisórias, na zona de Celas, cedidas pelos Hospitais da Universidade de Coimbra.

As novas instalações, que deverão custar cerca de 7,1 milhões de euros, vão permitir uma “mudança radical” de condições do organismo, orgulha-se Helena Gonçalves. Só no que respeita a colheitas, a previsão é que possa vir a duplicar o número, a curto prazo, das atuais 75 mil para 150 mil.

Depois do Porto, o centro de Coimbra é o segundo a ter instalações construídas de raiz. Helena Gonçalves garante que se trata de uma melhoria a todos os títulos “notável”, também pela facilidade de acessos – pela nova variante sul do IC2, que faz com que a unidade ganhe uma “centralidade nova, para Coimbra e para toda a região Centro”.

O projeto está financiado a 75% por cento pelo QREN, num valor de 4,9 milhões de euros. O Centro Regional de Sangue tem cerca de 230 colaboradores e é considerado o maior centro de colheita de sangue do país.

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