Foto Gonçalo Manuel Martins
A Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro quer encontrar “uma solução rápida” para o Centro de Saúde da Fernão de Magalhães e para a extensão de saúde de Taveiro (ambos dos Agrupamentos de Centros de Saúde do Baixo Mondego I). Como tal, decidiu abrir um concurso para arrendar dois espaços que permitam dar melhores condições de trabalho aos funcionários e, em consequência disso, “melhorar ainda mais a prestação de cuidados de saúde” aos utentes das duas unidades.
As propostas devem ser entregues até ao próximo dia 14 de março. Para o centro de saúde da Fernão de Magalhães, a área útil pretendida é de 623 metros quadrados ou bruta de 996,80 metros quadrados. O espaço deverá ser de construção relativamente recente, estar em bom estado de conservação, “com boa acessibilidade, quer exterior quer interior, e com local para estacionamento”. Por outro lado, a preferência vai para um espaço “com climatização, segurança e iluminação, adequados ao fim a que se destina”.
As mesmas condições são colocadas aos concorrentes que pretendam arrendar um espaço para a instalação da extensão de saúde de Taveiro. Neste caso, a área útil pretendida é de 372 metros quadrados e/ou área bruta total de 595,20 metros quadrados.
Deficientes condições
Refira-se que estas duas unidades são aquelas que detém piores condições de funcionamento. Na Fernão de Magalhães, o centro de saúde está instalado num prédio de três andares da principal avenida da cidade, o que obriga os utentes a terem de usar as escadas ou o elevador de pequenas dimensões para aceder aos consultórios. Quanto ao de Taveiro, fica situado numa casa térrea no limite da freguesia, mesmo em frente à futura saída de uma das passagens superiores da freguesia.
O presidente da ARS Centro, João Pedro Pimentel, referiu que solicitaram junto da Administração Central informações sobre a existência nestas zonas de edifícios propriedade do Estado para que as duas unidades podessem ser transferidas para esses novos locais. “Mas do Estado recebemos a informação de que não dispõe espaços para a sua instalação”, afirmou.
Desta forma, e porque pretendiam uma solução rápida para estes “problemas”, a solução encontrada foi lançar um concurso para arrendamento de novos espaços.
Em Taveiro, o responsável acredita que será possível encontrar um local novo. O mesmo já não é esperado para o centro da Fernão de Magalhães. A ARS Centro já procurou anteriormente soluções naquela zona, mas não foram encontradas hipóteses que cumpram o pretendido. E João Pedro Pimentel não esconde que, no caso da unidade sediada no centro da cidade, a melhor solução seria na zona onde o centro de saúde já está instalado. “Não queremos colocar as pessoas longes daquele local”, admitiu.
Apesar do concurso, a ARS Centro está a preparar, em conjunto com as câmaras da região, a apresentação de candidaturas para a construção de novos centros de saúde. Taveiro parece estar na linha da frente dos projetos a apresentar, mas o responsável não esconde que para a zona da Fernão de Magalhães seja pensada uma solução idêntica.
