Opinião: A tragédia

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Daniel Santos

 

 

Como se concebe a ideia coletiva de futuro? E afinal quando e o que é o futuro, essa “entidade” desconhecida? É daqui a uns minutos, para a semana, para o mês que vem, daqui por uns anos? O passado, esse nós conhecemos, já passámos por ele, ou outros antes de nós. Há o longínquo e há o recente. E o presente? Será o instante imensurável, o minuto, a hora ou o período de tempo que nos dá mais jeito?

Refletir sobre estas interrogações ajuda-nos a perceber quão relativa é a nossa conceção individual do tempo e a necessidade de o aferirmos ao mundo que nos rodeia, aos movimentos de rotação e translação da Terra, mas também ao tempo de vida do Homem. Que é, afinal, a medida de todas as coisas!

Foi o Homem quem determinou a medição do tempo. Que afinal se mede para trás e também para frente. E foi o Homem que, para evitar as dificuldades percebidas no passado, inventou o planeamento, em ordem a controlar o futuro. Também ele curto, de médio e de longo prazo. A ideia é boa. Mais difícil porém é concebê-lo de modo a dar satisfação ao coletivo. Na freguesia, como no concelho, como no país. No país!

Esse planeamento que, para defesa da coletividade, é adjudicado a quem nos representa a todos, a cada momento. Sem ele, fechou-se os olhos à floresta espontânea e desordenada, à desorganização dos serviços de proteção civil, perceberam-se negócios obscuros, nomeações “à la carte”, “jobs for the boys”. A tragédia, sim, tem responsáveis. Todos lá temos uma parte!

 

 

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