Obras concluídas em 17% das habitações afetadas pelos fogos na região Centro

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Apenas 35 das 205 casas afetadas (17%)  pelos incêndios de junho na região Centro do país têm obras concluídas e o concelho de Pedrógão Grande é o que precisa de mais intervenções, com 109 casas para reconstruir.

Segundo o primeiro relatório do Fundo Revita, criado para gerir os donativos para as vítimas dos incêndios na zona Centro do país, foram atribuídas aos diversos fundos para reconstrução 205 casas de primeira habitação.

Deste conjunto de habitações, 66 estão em fase mais avançada, nomeadamente duas habitações com obra consignada, 64 com obra e execução e 35 já concluídas.

O Fundo Revita tem diretamente a seu cargo 88 casas com perfil de intervenção mais complexo, na sua maioria reconstruções integrais. No final de setembro, encontravam-se em fase de processamento de pagamento 16 processos, no valor de 58.666,74 euros.

A recuperação das restantes habitações foi distribuída pela rede de parceiros do Fundo Revita, sendo as obras em 41 casas financiadas pela União das Misericórdias/Fundação Calouste Gulbenkian, em 36 financiadas pela Cáritas Diocesana de Coimbra e em 20 pela SIC Esperança – Just a Chance.

De acordo com o relatório do Revita, há 13 habitações cujas obras de recuperação serão financiadas por doadores (particulares ou empresas) e cinco pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Uma ficará a cargo do proprietário e há um outro caso em que o financiamento ainda está em avaliação.

O concelho de Pedrógão Grande é o que apresenta mais casas a precisar de reconstrução, com 109 habitações, quase metade (48%) das quais com obras de valor superior a 25.000 euros.

Foram ainda identificadas 61 habitações a precisar de recuperação em Castanheira de Pera, 24 em Figueiró dos Vinhos e 11 nos concelhos limítrofes.

Quanto ao estado das intervenções, o relatório do Fundo Revita refere que em setembro estavam concluídas as obras em 35 casas, em 64 as obras estavam em execução e 37 tinham obras em projeto.

Estavam em adjudicação obras em 15 habitações, o mesmo número de casas com obra em consulta de preço, além de 27 em avaliação e duas outras consignadas.

Para garantir a eficiência na distribuição de donativos, foram criados protocolos com diversas entidades, como a Cáritas Diocesana de Coimbra e a União das Misericórdias Portuguesas, em conjunto com a Fundação Calouste Gulbenkian, que agregam outros donativos e são responsáveis pela sua gestão.

Foi igualmente celebrado um protocolo com a Cruz Vermelha Portuguesa para que esta assuma o papel de coordenadora logística.

Além disso, para robustecer a ação institucional do Fundo Revita foram também desenvolvidas articulações com entidades parceiras como a Grace – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, a Fundação Aga Khan, a Associação Portuguesa de seguradoras, o Turismo do Centro e o BCSD – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável.

O Fundo Revita, que recebeu até final de setembro mais de 3,7 milhões de euros, foi criado para gerir os donativos para as vítimas dos incêndios na zona Centro do país, o mais grave dos quais deflagrou no dia 17 de junho, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos.

Este fogo só foi dado como extinto uma semana depois e as chamas alastraram aos concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pampilhosa da Serra, Penela e Sertã.

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