Feira da saúde alerta para comportamentos de risco

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Luís Carregã

Luís Carregã

Julieta Barata olhava ontem com manifesto orgulho – e algum alívio – para um pequena ficha onde constavam valores de um rastreio que tinha acabado de fazer.
“Está tudo bem, dentro do possível. Fico mais descansada”, confessou aos jornalistas. A senhora, de 71 anos e reformada, foi uma das muitas visitantes que ontem não quiseram faltar à III Feira “A minha saúde? Não Arrisco”, realizada na Praça Heróis do Ultramar.
A iniciativa, promovida pelas associações Integrar e SOS Hepatites, decorreu com o intuito de aproximar a população – sobretudo aquela que é acompanhada por ambas as entidades – dos profissionais e dos serviços de saúde, ao mesmo tempo que alertou para a importância da prevenção.
Ontem, Sara Teixeira, da Associação Integrar lembrou que a iniciativa “é fundamental no que respeita à população sem-abrigo, por estar, geralmente, mais afastada dos serviços e dos profissionais de saúde”. Recorde-se que a equipa de rua da Integrar acompanha atualmente cerca de 40 utentes. A instituição acolhe ainda 12 utentes no Centro de Acolhimento e Inserção Profissional e acompanha 25 em regime de ambulatório.
Durante todo o dia, na feira, foi possível fazer rastreios à glicémia, colesterol e diabetes.
Apesar de ter sido promovido no âmbito das comemorações do Dia Mundial das Hepatites – que se assinalou ontem –, não foi possível realizar rastreios às hepatites.
“Não temos, enquanto associação, capacidade para suportar os custos dos rastreios”, disse Graça Franco, diretora regional da SOS Hepatites. Por isso, uma das grandes lutas da associação é o apelo ao rastreio. Ontem, também a Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia veio defender, publicamente, que todas as pessoas realizem, “pelo menos uma vez na vida”, o teste à hepatite C, doença que mata todos os anos mil doentes em Portugal.

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