Caso da “queima do gato” pode vir a ter mais arguidos

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32 gatos urbanos

As investigações da GNR sobre o caso da “queima do gato” em Mourão, Vila Flor, levaram, até agora, à constituição de apenas uma arguida, a presumível dona do gato, ou gata, que foi fechado no pote, pendurado no poste, posteriormente incendiado. A arguida poderá vir a responder pelo crime de maus tratos a animais, mas a ela, no banco dos réus, deverão juntar-se outras pessoas.
A fase de inquérito deste processo, que nesta fase é conduzida pelo Ministério Público, “não está fechada e as investigações continuam”, adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS Eduardo Saltão Mendes, causídico da VCM – Sociedade de Advogados, de Coimbra, que representa o Grupo Gatos Urbanos, associação de proteção animal que se constituiu como assistente no processo.
Ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, já foram ouvidos, pelo procurador, o autor das filmagens, a primeira subscritora da lista da Comissão de Festas de Mourão, bem como a presidente da Junta e a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Vila Flor. O Ministério Público solicitou ainda à Ordem dos Veterinários uma peritagem abstracta, fundada nas imagens do vídeo fornecido pelo Grupo Gatos Urbanos, com vista a apurar as consequências físicas e psicológicas para o gato, bem como as consequências da falta de tratamento dos ferimentos. Esta peritagem pode apurar, nomeadamente, se o gato que foi apresentado, são e salvo, pela “dona”, teria sido mesmo o utilizado no macabro ritual das festas locais de S. João.
Dadas as dificuldades da GNR em identificar os intervenientes diretos na “queima do gato”, o Ministério Público está a efetuar outras diligências. Para isso, designadamente, solicitou ao Departamento de Engenharia Informática da Universidade do Porto se é possível extrair fotogramas, do vídeo em questão, com melhor qualidade de imagem.
O Grupo Gatos Urbanos solicita também a quem tenha informações sobre a identidade dos intervenientes neste ato que entrem em contacto pelo e-mail gatos.urbanos@gmail.com.

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