Tecnologia de saúde de última geração prepara tropas para missões de paz

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Foto DR

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O histórico Hospital Militar de Coimbra foi despromovido a Centro de Saúde, mas agora parece ter encontrado um caminho de revitalização?

Esta estrutura continua a garantir as suas duas grandes áreas, que é a assistencial (como qualquer hospital civil), mas também a saúde operacional, que nos foi expressamente atribuída.
Hoje, se calhar, o nosso Exército não justifica ter estruturas individualizadas, até porque havia 200 mil militares nas fileiras em 1974, e hoje são 18 mil. Portanto, não faz sentido termos a dimensão dessa época, mas faz sentido mantermos as duas áreas: a assistencial, para os militares que aqui residem, para as forças de segurança, para as famílias e para um grupo muito importante, que são os deficientes das Forças Armadas da região; e a saúde operacional, com o objetivo de preparar os contingentes militares que têm missões internacionais, quer na sua seleção, treino, aprontamento, acompanhamento na missão e avaliação no regresso. A outra tarefa é preparar os profissionais de saúde, médicos, enfermeiros e socorristas, que vão acompanhar os militares no terreno.

Ou seja, garantir que os militares estão em pleno para enfrentar a adversidade?
O militar não é nenhum herói, é um indivíduo que é preparado para ter a melhor capacidade física e psíquica, aquilo a que se chama hoje a resiliência. Quando estão em ambiente hostil têm que ser capazes de se adaptarem, tal como o pessoal de saúde que os acompanha. São todos militares, não podem ir civis.

Essa preparação de militares é aqui feito com que frequência?
É uma missão regular, atendendo a que Portugal está envolvido em três teatros de operações, em que os contingentes se renovam duas vezes por ano. São normalmente missões de seis meses, quer no Kosovo, Afeganistão ou grupos mais pequenos para países de África. Como somos a unidade mais diferenciada, também acaba por passar por aqui parte da preparação que também se faz em Santa Margarida.

Quantos operacionais envolvidos por ano?
São cerca de 300 homens em cada força, num total por ano entre 1.500 e 2.000 homens. Só depois do trabalho aqui realizado é que se pode garantir o estado de prontidão sanitária dessa força. Não podem seguir pessoas com fatores de risco, ou mesmo doentes. Este encargo de preparação tem vindo a desenvolver-se ao longo dos últimos três ou quatro anos, passando agora a ser a prioridade.
Repare que deixámos de ter internamento neste hospital, que era da área assistencial, passando a ser um centro clínico. Ainda mantemos 40 camas, mas apenas de prevenção em caso de catástrofe, aliás, como chegou a ser equacionado na época da gripe em fevereiro último. Nesses casos também podemos acionar a valência de cirurgia, que agora é apenas feita em condições de ambulatório.

 

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