“Vamos apresentar este trimestre o centro de peritagens médico-legais forenses”

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José Alexandre Cunha, CEO Idealmed. FOTO DB/LUÍS CARREGÃ

José Alexandre Cunha, CEO Idealmed. FOTO DB/LUÍS CARREGÃ

Que balanço é possível fazer da atividade da Idealmed em 2014?

Demos continuidade ao crescimento que tínhamos tido no ano de 2013. Falo de um crescimento exponencial em resultado de uma procura marcante dos nossos serviços…

Estamos a falar de que percentagem?

Falamos de um crescimento superior a 100 por cento em relação a 2013, o que deverá ser interpretado como um crescimento natural. Afinal, 2013 foi o primeiro ano de atividade da Idealmed, sendo natural que, nesta ordem de evolução do projeto, os crescimentos sejam desta ordem de grandeza.

Pode revelar alguns dos números relativos a 2014?

No ano passado, a Idealmed fez mais de 100 mil consultas de especialidade só na Unidade Hospitalar de Coimbra. Por outro lado, fizemos mais de 14 mil episódios de atendimento médico permanente e tivemos uma produção cirúrgica com um crescimento acima do que seria expectável – falamos de cerca de 7.000 cirurgias. Estamos a falar de números que nos transportam para uma realidade apenas comparável à de unidades privadas de saúde de referência das cidades de Lisboa e Porto.

Está dentro das vossas expetativas?

Efetivamente, os números conseguidos em 2014 foram consideravelmente superiores ao que seriam as nossas melhores expetativas. Quando o projeto foi elaborado, houve quem afirmasse que este era um equipamento sobredimensionado, em termos espaciais, para a realidade da Cidade. Hoje, findos apenas dois anos de atividade, chegamos à conclusão de que isso não acontece, e que a procura dos nossos serviços exige um equipamento com as caraterísticas do que apresentamos. A Idealmed – Unidade Hospitalar de Coimbra é, efectivamente, uma das maiores unidades de saúde privadas do país, que demonstra, pela procura que tem e pelo reconhecimento que já granjeou, que o projeto foi feito de forma racional e consciente.

Que razões encontram para este crescimento?

Deve-se, na nossa opinião, à conjugação de diferentes fatores. Por um lado, ao reunirmos uma equipa de profissionais de saúde muito reconhecida e diferenciada estamos a ir ao encontro das mais elevadas expectativas das pessoas que nos procuram, numa condição de confiança e de garantia de qualidade assistencial. Por outro lado, ao dotarmos as nossas instalações das mais evoluídas soluções tecnológicas e dos mais modernos equipamentos, permitimos aos nossos médicos verem reunidas as condições ideais para dar o melhor uso ao seu conhecimento e competência, com benefícios óbvios para quem em nós confia a sua saúde. A estes fatores, associo ainda as condições singulares de acolhimento da infraestrutura, onde as pessoas se sentem confortáveis num ambiente que, acima de tudo, que não as remete para o tradicional ambiente hospitalar mas que lhes confere sim uma noção de efetivo bem-estar.

Há condições para crescer em 2015?

Não faria sentido que um projeto com estas características e com apenas dois anos não tivesse condições de crescimento, pelo que continuará a crescer nos próximos anos.

Crescer por onde e para onde?

Em primeira instância, queremos consolidar o trabalho que desenvolvemos durante estes dois anos em Coimbra e na região Centro, sabendo que continuaremos a crescer muito por força da atividade que desenvolvemos e que nos permite receber doentes de todo o país e também, cada vez mais, do espaço exterior.

Passará, por exemplo, por expandir a marca com a abertura de novos espaços na região?

Temos presença física em diferentes regiões envolventes à cidade de Coimbra, como na Figueira da Foz, Cantanhede e Pombal. As clínicas de proximidade têm uma importância muito relevante para o grupo, porque nos permitem estar mais próximos das populações e, em paralelo, referenciar pessoas que tenham necessidade de serviços mais específicos para a Unidade Hospitalar de Coimbra. Em dois anos, não se consegue dar como concluída a consolidação de um projeto com esta dimensão e com o volume de investimento que temos na nossa região. Isto, é claro, sem prejuízo do forte empenho que estamos a desenvolver em projectos específicos e que passam, nomeadamente, por outras áreas geográficas fora de Portugal.

Refere-se à internacionalização?

Seguramente passará pela internacionalização. Nos últimos 18 meses, a Idealmed fez um fortíssimo investimento na prospeção de mercados externos. Avaliámos inúmeras oportunidades que nos foram sendo apresentadas, como reconhecimento ao trabalho que desenvolvemos na Cidade de Coimbra, obrigando-nos a observar este mercado como sendo global e não numa perspetiva meramente regional ou nacional.

Muito destes convites resultam, com toda a certeza, do facto de a Idealmed ter alguns centros de excelência. Está na calha a criação de mais algum centro no presente ano?

Continuaremos a criar centros de competências quando tivermos a noção de que esses mesmos centros trazem valor acrescentado ao que a cidade e a região já oferecem. Assim fizemos no passado e assim faremos no futuro.

Pode especificar melhor?
Claro que sim. Estamos em condições de anunciar a criação do Centro de Peritagens Médico-legais e Forenses da Idealmed e que será liderado pelo professor Duarte Nuno Vieira. Um profissional por todos reconhecido a nível internacional como sendo um dos maiores peritos mundiais da medicina legal e forense, o que nos dá toda a sustentabilidade necessária para criar mais um centro de elevadíssima diferenciação e uma mais-valia ao serviço já prestado pela Idealmed.

Quando será apresentado?

O centro já está em funcionamento e será formalmente apresentado durante o primeiro trimestre do ano.

Presumo, das suas palavras, que o objetivo é criar centros de excelência a nível nacional e internacional?

São centros que têm obrigatoriamente de marcar a diferença, com o objetivo de trazer valor incremental ao grupo, aportando mais-valias aos nossos doentes. É o que acontece, por exemplo, com o Centro de Peritagens. Neste caso, e não temos medo de o assumir, queremos que ele seja um centro de competências com afirmação internacional, pois é liderado por um profissional que foi recentemente galardoado com o Douglas Lucas Medal 2014, considerada a mais prestigiada distinção da Medicina Legal e Ciências Forenses.

Estão previstos outros centros em 2015?

Objetivamente, este é o centro que queremos afirmar em 2015, tal como fizemos em 2014 com outros centros de competências na área da cardiologia ou oftalmologia. O nosso percurso é afirmar o conhecimento e a competência pela diferenciação, pela mais-valia e pela singularidade.

Que comentário lhe merece o recente reconhecimento da Entidade Reguladora da Saúde?

Deixa esta unidade muito satisfeita. E por um motivo: a Idealmed, em dois anos consecutivos, viu a ERS atribuir as classificações máximas em todas as dimensões. Se avaliarmos o ranking de 2014 e ao sabermos que fomos, na dimensão de excelência clínica, avaliadas em 12 áreas, isso transporta-nos para a posição mais alta possível de entre as unidades de saúde privada a nível nacional. Como tal, é motivo de reconhecimento, de orgulho, de satisfação, mas é ao mesmo tempo algo que exponencia a nossa própria responsabilidade.

Isso quer dizer que ainda há condições para melhorar?

Na Idealmed trabalhamos diariamente com a convicção que podemos melhorar sempre. Trabalhamos todos os dias com a certeza de que o que faremos amanhã será melhor do que o que fazemos hoje. A verdade é que, em saúde, temos de ter a noção de que é sempre possível fazer melhor. Eu diria que, numa perspetiva de eternos insatisfeitos, teremos de ter sempre a noção de que é possível desenvolver mais competências, otimizar a organização e exponenciar a qualidade dos serviços que prestamos. Nunca nos resignamos com aquilo que já alcançamos.

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