Junto à Capelinha das Aparições, no Santuário de Fátima, Fernando Pereira, transportava uma mochila carregada com uma imagem da Virgem de Fátima, esperançado de que o Governo torne menos pesada a carga fiscal em 2015.
“Se pudesse baixar os impostos era ótimo”, afirmou à agência Lusa o peregrino da Póvoa do Varzim, no final de uma jornada de 250 quilómetros feita a pé para cumprir uma promessa após um acidente de motorizada o ter deixado em estado grave.
“Menos impostos e mais ajudas”, sintetizou, por seu turno, Liliana Melo, de 32 anos, de Oliveira de Azeméis, ao ser questionada sobre o que gostaria que o Governo, de coligação PSD/CDS-PP, reservasse nas contas nacionais para o próximo ano.
Enquanto caminha em direção à Capelinha, com as lágrimas a correrem-lhe pela face, Teresa Batista, de 41 anos, pede “mais estabilidade e que pensem nas pessoas”. E nada mais diz.
Encostado no muro junto ao monumento dos beatos Francisco e Jacinta Marto, o antigo emigrante, com dois filhos desempregados, lamentou que “o Estado cobre muitos impostos”, sugerindo que o faça “aos mais ricos”.
Milhares de fiéis estão no Santuário de Fátima na peregrinação internacional de 12 e 13 de outubro, que, pela primeira vez, coincide com o Dia Nacional do Peregrino.
Presidida pelo arcebispo de Goa e Damão, na Índia, Filipe Néri Ferrão, a peregrinação começou no domingo às 18H30, na Capelinha das Aparições, culminando hoje, segunda-feira, desde as 10H00, com a missa, bênção dos doentes e procissão do adeus.
Para participar nesta peregrinação – a que habitualmente maior número de pessoas leva à Cova da Iria depois da de maio – inscreveram-se 115 grupos de 23 países, sendo Itália o país estrangeiro mais representado, com 25 grupos.
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