Um teste de auto colheita de deteção do cancro do colo do útero, que é lançado esta quarta-feira, promete colmatar “o grave problema da acessibilidade neste tipo de rastreio”, mas os especialistas alertam para a necessidade dos médicos confirmarem o diagnóstico.
“Os testes de auto execução não resolvem problema nenhum. Às vezes criam mais problemas do que resolvem”, disse à Agência Lusa o presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, José Martinez de Oliveira.
Sem questionar a qualidade do teste – que não conhece – este especialista frisou que “um exame pedido fora do contexto não tem qualquer interesse”.
O Teste Mulher, que é apresentado quarta-feira, resulta de uma parceria entre uma empresa que “desenvolve e comercializa formas não invasivas de deteção precoce de cancro” e um grupo de laboratórios de análises clínicas.
Consiste num “estojo de auto colheita [de uma amostra da secreção vaginal] para posterior deteção dos Vírus do Papiloma Humano de alto risco”, que estão na origem do cancro do colo do útero.
A amostra é posteriormente enviada para o laboratório, juntamente com um formulário de requisição, custando este serviço cerca de 70 euros.
(Texto: Agência Lusa)