Alguns meses depois da entrada em funcionamento, começam a surgir dúvidas sobre a eficácia da escada de peixe construída ao lado da ponte-açude, em Coimbra.
É verdade que já foram feitas observações da subida de peixes através desta estrutura, mas só uma monitorização regular vai permitir avaliar com rigor a eficácia de uma obra que custou 3,5 milhões de euros.
Para isso, é necessário que o Instituto da Água (INAG) coloque em prática o plano de monitorização para acompanhar o funcionamento da escada para peixes, na margem esquerda, cuja construção terminou no ano passado.
Enquanto trabalhou na Autoridade Florestal Nacional, Jorge Bochechas teve à sua responsabilidade o processo que precedeu a decisão do Estado de avançar com a obra.
“Esta infraestrutura já foi pensada de acordo com o que há de mais moderno nesta área a nível mundial”, declarou o engenheiro à agência Lusa. Todavia, reconhece que vão ser necessárias “pequenas afinações” na nova escada de peixe.
“São essencialmente pequenos detalhes a jusante da obra”, explicou o agora chefe de Divisão de Qualidade da Água, da Agência Portuguesa do Ambiente.
De acordo com as observações realizadas são as lampreias que menos têm utilizado a passagem rio acima, mas as rzões são outras: a escassez de água no rio devido à seca dos primeiros três meses do ano, constata Fernando Lopes, mordomo-mor da Confraria da Lampreia.