Tubarões de água doce invadem piscinas

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Chama-se hóquei subaquático… mas a semelhança com um dos desportos mais acarinhados em Portugal esgota-se no nome.

A modalidade nasceu a meio do século passado, para os mergulhadores ingleses manterem a forma durante o inverno.

Nem há patins, mas barbatanas, o stick mais parece uma colher e a bola não é uma bola, mas um disco. Como se isso não bastasse, para ver o jogo é preciso meter a cabeça dentro de água. A verdade é que, nas provas, há uma câmara que vai dando às bancadas a possibilidade de ver o jogo.

Tal como se vê na fotografia, o hóquei subaquático joga-se numa piscina, os jogadores estão munidos de um mini-stick e a intenção é levar o disco a entrar numas pequenas balizas colocadas nos topos da piscina.

Cada equipa tem seis jogadores dentro de água, mas pode usar 10, fazendo as substituições que entender durante os 30 minutos de jogo, divididos em duas partes.

Há dois árbitros dentro de água e um outro encarregue de fazer soar um tubo de metal, que serve de “apito”, a cada interrupção.

Em Portugal, tudo começou há pouco mais de trÊs anos. Um estudante espanhol introduziu a modalidade em Carcavelos e, daí até começar a espalhar-se pelo país foi um instante. Hoje há já um campeonato nacional com nove equipas, duas delas de Coimbra, e a seleção ficou em 5.º lugar no último campeonato da Europa. “Isto começou a dar os primeiros passos, eu tenho um irmão que é coordenador num clube da Amadora, eles também tiveram contacto com a modalidade e um dia, ao telefone, ele comentou e eu achei interessante”. O responsável pelo aparecimento do hóquei subaquático em Coimbra, Ricardo Madureira, é um amante de desportos subaquáticos. Recordista nacional e apneia estática – suster a respiração debaixo de água pelo maior espaço de tempo – viu neste desporto mais uma oportunidade de trazer mais gente para dentro de água.

Tudo começou “no complexo Luís Lopes da Conceição, com umas barrinhas que iam ao fundo e uma bola medicinal”, contou ao DIÁRIO AS BEIRAS. A brincadeira tornou-se uma coisa mais séria e hoje há já mais de 30 praticantes em Coimbra, com treinos de captação todos os sábados, no Complexo Olímpico de piscinas da Solum.

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