Família morre em incêndio em Sangalhos

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Maria do Céu Almeida, Daniel Almeida e Rui Gil são os rostos da tragédia que se abateu ontem sobre Sangalhos, concelho de Anadia. Os três residiam num rés-do-chão e acabariam por morrer, vítimas de um incêndio que terá começado na garagem do prédio. Precisamente onde teriam estacionado o carro, minutos antes de este se incendiar.

Apesar de ainda não haver certezas sobre o que terá estado na origem das chamas, as autoridades apontam para a possibilidade de ter ocorrido um curto-circuito na viatura, enchendo a garagem de fumo e provocando uma explosão.

A partir daí foi o caos. “Já passava da meia-noite e ouvimos um estrondo. E depois outro… Quando fomos para abrir a porta, já não havia nada a fazer – havia fumo negro por todo o lado”, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS uma das vizinhas que conseguiu, tal como os restantes moradores do prédio, sair pela janela, através de uma escada colocado no exterior.

Quando os Bombeiros Voluntários de Anadia chegaram ao local, acabariam por encontrar dois corpos inanimados no hall de entrada: o de Daniel Almeida, um jovem deficiente de 22 anos, e o de Rui Gil, 50 anos e companheiro da mãe. Esta (Maria do Céu Almeida, de 41 anos) terá sido encontrada, “queimada, nas escadas do prédio”, avançou a mesma fonte.

Ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, Maria do Céu era natural de uma terra vizinha (Paredes do Bairro) e trabalhava numa pastelaria em Anadia, onde o companheiro (Rui Gil) “fazia as vezes de sócio”, disse um dos gerentes daquele estabelecimento, onde ontem se vivia um ambiente de consternação.

Os corpos foram encaminhados pelas 04H00 para o Gabinete de Medicina Legal de Aveiro.

No combate às chamas estiveram 22 homens dos Bombeiros Voluntários de Anadia, apoiados por oito viaturas, e oito militares da GNR de Oliveira do Bairro.

Entretanto, ontem de manhã, esteve no local uma equipa da PJ de Lisboa, especializada em incêndios urbanos.

A Polícia Judiciária de Aveiro está a investigar o caso.

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