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Opinião – Sicó Outdoor Center – natureza em movimento

18 de julho às 10 h38
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Tive o privilégio de assistir à apresentação do Sicó Outdoor Center no dia 21 de junho em representação do Senhor Presidente do Turismo de Portugal. Conhecer em primeira mão esta extraordinária iniciativa conjunta dos municípios de Alvaiázere e de Ansião junto à Capela de Santiago de Ariques (concelho de Alvaiázere), foi, desde logo, uma experiência imersiva no território onde se insere este projeto. Pela beleza natural, pelo património, pela hospitalidade das pessoas que contactei e que tão bem me receberam. São estas, aliás, características fundamentais em que este projeto se suporta e que pude comprovar pessoalmente.
No âmbito da candidatura ao programa de apoio financeiro do Turismo de Portugal, “Regenerar e Valorizar Territórios – Incêndios 2022”, aqueles municípios propuseram-se desenvolver o conceito de um Outdoor Center para integrar toda a oferta de atividades relacionadas com turismo de natureza e aventura, desporto ativo, ou simples fruição por qualquer pessoa, residente ou visitante, criando percursos, infraestruturas e outras condições para o apoio a caminhadas, corridas, passeios de bicicleta/BTT, parapente, orientação, entre outras ações. A candidatura foi aprovada pelos serviços do Turismo de Portugal, tendo o projeto obtido o financiamento público, não reembolsável, de 753.910,28€ ( 90% do investimento total considerado elegível).
Em boa hora aquele financiamento se concretizou, contando ainda com verbas próprias dos municípios em questão, para podermos assistir já hoje ao investimento a que deu origem, nomeadamente num tipo de território que luta com as dificuldades demográficas e socioeconómicas que caracterizam no nosso país as designadas “regiões de baixa densidade”, mas que são lugares de “alta densidade” cultural, paisagística e de hospitalidade, como já aqui escrevi uma vez referindo-me a contextos semelhantes e socorrendo-me desta imagem simbólica usada por vários autores, no que diz respeito aos recursos patrimoniais, naturais e às gentes locais. E recursos competentemente estruturados em produto turístico podem ser, são-no com certeza, centrais em qualquer estratégia de desenvolvimento territorial, hoje sobre o grande e significativo chapéu da sustentabilidade.
Qualidade e variedade da oferta, sinergias e complementaridade de recursos do território alargado de dois municípios, permitiu ao projeto ganhar a escala que é necessária nestas ocasiões e no mundo competitivo em que vivemos. Depois, contando com as pessoas, as organizações e os parceiros certos, nomeadamente ao nível técnico, o que aconteceu aqui, o caminho do sucesso começa a desenhar-se, neste caso, ao ritmo de cada passada ou pedalada, escalada, ou mergulho em águas límpidas que cada um dos visitantes fizer nestas paragens. Visitantes que irão usufruir ainda da excelente gastronomia e vinhos que a região tem para oferecer, muito a partir de produtos endógenos que têm sido aposta forte de todos os municípios que constituem as designadas Terras de Sicó (aqui juntam-se a Alvaiázere e Ansião, Penela, Condeixa-a-Nova, Soure e Pombal).
Se o Sicó Outdoor Center tem uma entrada em cada um dos dois concelhos promotores do projeto, o mundo tem desde já à sua disposição uma janela de observação sobre este território que permitirá aos potenciais visitantes planear e preparar a sua viagem e estadia. É esta janela uma atrativa página de internet que é um verdadeiro convite, onde, efetivamente, podemos aperceber-nos do que a região tem para oferecer. Depois da primeira consulta virtual, adivinho, será muito difícil resistir a este apelo nos meses de verão, neste período principal de férias, ou mesmo todo o ano. Fica o desafio para a fruição e a aventura no que Portugal tem de melhor.

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