Santana Lopes assinala “gravíssimo problema” de assoreamento na barra da Figueira da Foz
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, quer a questão do assoreamento da barra portuária resolvida “tão depressa quanto possível”, considerando-a um “gravíssimo problema” que tem de merecer a atenção das autoridades.
Numa nota publicada na página do Facebook do município litoral do distrito de Coimbra, na qual são endereçadas condolências aos familiares dos quatro mortos no naufrágio ocorrido hoje de manhã ao largo da praia do Hospital, o presidente da câmara afirma haver “uma questão de assoreamento que importa resolver tão depressa quanto possível”.
“É bom que as autoridades do país tenham a noção do gravíssimo problema que há aqui”, enfatiza Santana Lopes, lamentando o “balanço trágico” do naufrágio.
Embora afirmando não querer “politizar a situação”, o autarca defendeu ainda que as diversas autoridades com jurisdição “coordenem esforços e meios para a resposta ser rápida e eficaz para se poder salvar vidas”.
O naufrágio de uma embarcação de pesca lúdica, com cerca de sete metros, ocorreu ao início da manhã de hoje, resultando na morte de quatro dos cinco tripulantes.
O sobrevivente – que ficou ferido com gravidade e foi hospitalizado com um quadro de insuficiência respiratória – deu o alerta pelas 07:00, depois de ter nadado cerca de mil metros até conseguir chegar a terra, contaram fontes piscatórias e portuárias.
Pelas 12:30, o homem acabou por ser transferido do Hospital Distrital da Figueira da Foz para o Hospital da Universidade de Coimbra, devido a um “ligeiro agravamento” da sua condição clínica, disse, por seu turno, fonte hospitalar.
O naufrágio aconteceu após a lancha ter saído da barra da Figueira da Foz – que se encontrava aberta a toda a navegação – e virado a sul, numa altura em que existia nevoeiro e alguma ondulação.
As operações de socorro envolveram meios da Capitania do Porto local, Instituto de Socorros a Náufragos, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), bombeiros Sapadores e Voluntários da Figueira da Foz e um helicóptero da Força Aérea Portuguesa.