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Santana diz que “Nenhum líder do PSD se demitiu por peripécias no seu gabinete”

03 de março às 17h01
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Arquivo Pedro Agostinho Cruz

O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes juntou-se hoje à campanha da AD e acusou António Costa de descaramento pelas críticas que fez a ex-líderes do PSD, referindo que “nenhum se demitiu por peripécias passadas no seu gabinete”.

“Em matéria de descaramento ninguém ganha ao PS. É absolutamente impressionante, porque aparecer a dizer dos antecessores o que o doutor António Costa disse, sinceramente, acho que para além do mais é mesmo muito deselegante”, considerou Pedro Santana Lopes, em declarações à comunicação social, na Figueira da Foz, onde é autarca, tendo ao seu lado o presidente do PSD, Luís Montenegro.

Em seguida, Pedro Santana Lopes referiu que “nenhum dos antigos líderes do PSD ou do CDS fugiu a dizer que vinha aí o pântano, nem nenhum pediu intervenção externa, nem nenhum se demitiu por peripécias passadas no seu gabinete”, em alusão aos antigos líderes do PS António Guterres e José Sócrates e ao atual Governo chefiado por António Costa.

“Saímos, ganhando ou perdendo, com honra, e isso é o principal”, defendeu.

Em resposta ao discurso que fez António Costa no sábado, num comício do PS no Porto, Pedro Santana Lopes quis ainda acrescentar “só uma graça”.

“Há quem ponha os filhos – eu também tenho filhos e netos – em escolas privadas defendendo a escola pública, e há quem saia de primeiro-ministro e vá fazer pós-graduações em universidades privadas quando são defensores é do ensino público”, assinalou, acrescentando: “Acho que é tudo extraordinário”.

O antigo presidente do PSD, do qual se desfiliou em 2018 para fundar o partido Aliança, de onde entretanto saiu, considerou que “a liderança de Luís Montenegro se afirmou de uma maneira impressionante nesta campanha” para as legislativas de 10 de março “e o resto é conversa”.

“Toda a gente dizia, muita gente: não tem carisma, não tem isto, não tem aquilo. Tem e tem para dar e vender, como se tem visto. Ele manda, lidera, comanda, decide o rumo, decide a orientação”, elogiou.

Segundo Pedro Santana Lopes, perante a situação do país “o PS não merece” continuar no Governo.

“O PS tem a mania de dizer quando a luta aquece ninguém segura o PS, ou lá o que é o ditado. Eu diria assim: quando esta realidade acontece, há uma coisa que é incontestável, é que o PS não merece”, rimou.

Por sua vez, Luís Montenegro desvalorizou o discurso de António Costa, declarando que “não acrescentou nada”, e realçou que vê “a campanha do PS a falar permanentemente da campanha da AD, das pessoas que vêm à campanha dar o seu contributo”.

O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz aproveitou a ocasião para pedir investimento portuário para esta cidade: “Agora termos um primeiro-ministro que conhece isto muito bem, não vais ter desculpa”.

Antes, Santana Lopes recordou que “quando era ministro, o Pedro Nuno Santos, antes dele sair, disse muitas vezes que estava contente” por haver à frente das Infraestruturas “um ministro que não seja de Lisboa”.

“E o Galamba também, o Galamba é originário daqui”, realçou.

Junto a Montenegro e Santana Lopes estava o presidente do CDS-PP, Nuno Melo. Nesta ação de campanha da AD na Figueira da Foz compareceu também o ex-ministro Miguel Poiares Maduro, do PSD.

À chegada ao ponto de encontro, um café em frente à Torre do Relógio, Santana Lopes foi questionado pelos jornalistas sobre um eventual regresso ao PSD e explicou que “quem se candidata como independente, é discutível, mas a maioria dos juristas diz que não se pode filiar durante o mandato, portanto, ainda falta um ano e tal”.

“Vamos ver, se tudo correr bem, acho que sim. O mundo está tão estranho. Mas o meu coração sabem onde é que está, depois lá a ficha é outra coisa”, completou.

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