“Queremos evitar que alguém da Pampilhosa da Serra tenha que vir à urgência dos HUC fazer uma análise. É inaceitável”

Como surgiu este desafio presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra?
Foi a convite do professor Fernando Araújo [presidente da Direção Executiva do SNS] . Convidou-me para assumir estas funções e para formar a equipa. Consegui formar a equipa que desejava – acho que é um ponto importante para alguém que forma um conselho de administração e para um desafio desta ordem. Devo dar nota também que eu tinha grandes dificuldades em dizer que não, essencialmente pelo desafio que é. Eu sou um grande defensor das Unidades Locais de Saúde e existia uma dificuldade grande em não aceitar este desafio.
Existe algum plano estratégico para a ULS Coimbra?
Logo no primeiro mês tivemos que entregar um Plano de Desenvolvimento Organizacional, que tem um conjunto de metas que discutimos com a direção executiva. Esse Plano de Desenvolvimento Organizacional já foi aprovado. Está agora a ser negociado em termos de Direção Executiva e Ministério das Finanças. Temos a expectativa que seja aprovado o quanto antes. Temos esse plano, mas também estamos a iniciar o processo de Planeamento Estratégico a cinco, dez anos para a Unidade Local de Saúde de Coimbra. E, aí sim, é um processo mais alargado.
Pode adiantar alguns pontos estratégicos?
Temos várias componentes: uma é a componente da valorização do capital humano; depois são questões mais instrumentais relacionadas com o desenvolvimento de serviços em proximidade nas comunidades; e depois outra, que está muito relacionada com o desenvolvimento de cuidados integrados.
Qual é a estratégia para o desenvolvimento de serviços em proximidade?
Estamos a discutir já com as comunidades intermunicipais a criação de Comunidades de Saúde. Temos uma área geográfica que tem características muito assimétricas. Temos Coimbra (cidade) cuja população tem características sociodemográficas, e mesmo epidemiológicas, diferentes do que alguém que mora na Pampilhosa da Serra, ou em Mira, ou em Tábua, ou Mortágua. A verdade é que nós temos que desenvolver programas de saúde adequados às necessidades das várias áreas e propusemos às comunidades intermunicipais – à de Leiria e à de Coimbra – a criação de Comunidades de Saúde.
Pode ler a entrevista completa na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS