PAN realiza X Congresso Nacional em dezembro na cidade de Coimbra para eleger direção
Inês de Sousa Real é líder do partido desde junho de 2021
O X Congresso Nacional do PAN realiza-se no próximo mês de dezembro na cidade de Coimbra e tem como objetivo a preparação de uma “nova etapa política e organizativa” e a eleição da direção do partido.
Em comunicado enviado às redações, o PAN anuncia que a convocatória para a realização do X Congresso Nacional em dezembro, sem dia ainda definido, foi hoje solicitada à Mesa da Comissão Política Nacional pela porta-voz, Inês de Sousa Real, e a sua direção.
De acordo com os estatutos do PAN, o Congresso Nacional delibera sobre estatutos, orientação política e objetivos programáticos, competindo-lhe também eleger a Comissão Polícia Nacional – da qual resulta o porta-voz do partido – e o Conselho de Jurisdição Nacional.
O comunicado detalha apenas que o Congresso tem “em vista a preparação da nova etapa política e organizativa do PAN”, mas fonte oficial do partido confirmou à Lusa que serão realizadas eleições para os órgãos internos.
O partido explica que a escolha de Coimbra tem “um simbolismo especial”, por ter sido um dos concelhos onde o PAN “obteve uma das suas principais vitórias nas eleições autárquicas de 2025, ao integrar a coligação vencedora liderada pela socialista Ana Abrunhosa, eleger grupo municipal do partido e um membro numa assembleia de freguesia.
“Ao realizar o seu Congresso em Coimbra, o PAN reforça o seu compromisso com os territórios onde tem vindo a crescer e a afirmar-se como uma alternativa política centrada nas pessoas, nos animais e na natureza”, lê-se ainda.
O último Congresso do partido realizou-se em maio de 2023 e resultou na reeleição da líder Inês de Sousa Real, depois de a sua candidatura à Comissão Política Nacional ter conseguido 72% dos votos.
A deputada única é líder do PAN desde junho de 2021, quando foi a única candidata ao lugar no Congresso que decorreu em Tomar. A atual líder sucedeu a André Silva, o primeiro deputado que o partido teve na Assembleia da República.
A marcação deste Congresso tem sido o alvo de várias críticas internas à atual direção do partido durante os últimos meses.
O antigo dirigente Carlos Macedo acusou a liderança de sucessivos adiamentos deste agendamento “com justificações de mau pagador”, enquanto ex-militantes que saíram no início de novembro defenderam a realização de um congresso eletivo e acusaram a direção de “manter o PAN na ilegalidade, apesar da insistência dos filiados”.


