Opinião: “Um pequeno passo para o Homem, um salto gigantesco para a Humanidade”… desde que não tenha iniciativa privada
Às 04H da manhã do dia 20 de Julho de 1969 Niel Armstrong tornava-se o primeiro homem a pisar a o solo lunar perante a surpresa e admiração de todos, num feito considerado histórico para a Humanidade. A designada “corrida espacial” entre a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e os Estados Unidos da América (EUA) pela supremacia na exploração e tecnologia espacial catalisou o desenvolvimento da humanidade de forma ímpar, nomeadamente pelos óbvios contributos dados ao nível das comunicações, da defesa e da ciência.
Decorridos mais de 50 anos da primeira viagem do homem à lua, assistimos a uma nova “corrida espacial”, alicerçada em motivações distintas, com novos protagonistas, mas cuja crítica prematura é pouco entendível e reveladora de uma visão de curto espectro.
Genericamente visando a oligarquia dos seus promotores, o estilo, e mesmo a relação laboral destes com os seus universos empresariais, é surpreendente a ausência de elogio quer aos evidentes percursos empresariais quer em relação ao expectável desenvolvimento que as iniciativas agora iniciadas poderão aportar ao nosso desenvolvimento.
A “avalanche” de desdém ignora a relação de alguns dos visados com causas como a proteção ambiental, se considerarmos que a Tesla foi o grande precursor das viaturas elétricas hoje amplamente utilizadas à escala global, como ignora que outro é um dos maiores mecenas a nível global no combate à pandemia COVID19, e que todos integram o restrito grupo que assume doar a quase totalidade da fortuna para filantropia.
Hoje, mais do que qualquer eventual mais-valia para o nosso desenvolvimento, importa é gritar nas redes sociais que estes “malandros” deviam ser responsabilizados por existirem, por darem emprego a milhões de pessoas, “mal pagas já sabemos”, e por terem tido o “descaramento” de criar empresas de sucesso.