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Opinião: Si vis pacem, irreverentia!

02 de março às 11h04
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Em tempos de tenebrosa guerra, partilha-se uma antiga piada de irreverência Académica para que algum optimismo volte às redes sociais:

No dia em que os Aliados desembarcaram nas praias da Normandia, a Real República Baco, enquanto Estado soberano e independente, reuniu em sessão magna e decidiu declarar oficialmente guerra às facções do Eixo em solidariedade com a causa.

Na sua Declaração, afirmavam os altos representantes estatais que, estavam impossibilitados naquele momento de organizar um exército de combate, uma vez que os soldados existentes ‘estavam ocupados em renhida batalha com os credores’, mas que iriam contribuir para o esforço de guerra com algum volfrâmio.

Firmada a Declaração, fizeram-na chegar à Embaixada de Inglaterra.

Na altura o Embaixador, fã dos Estudantes, achou bastante graça ao caso e decidiu convidar os novos Aliados para um chá das cinco com o intuito de firmar relações diplomáticas.

Lá discutiram-se os termos da Carta do Atlântico com generosas concessões para garantir a soberanidade da República, e estes afirmaram, entre vinhos, que não se contentariam com menos do que uma rendição incondicional da Alemanha!

Finda a guerra um ano mais tarde, surge nos jornais a lista das nações admitidas à Conferência de S. Francisco.

Obviamente indignados por não estarem presentes, os rapazes da Baco imediatamente enviaram um telegrama:

‘SENDO CONHECIDA HOJE LISTA NAÇÕES UNIDAS ADMIRAMOS AUSÊNCIA REPÚBLICA <<BACO>> STOP. DESEJAMOS SABER 24 HORAS MOTIVO TAL EXCLUSÃO STOP. ‘

À boa moda Inglesa receberam como resposta do Embaixador que não foram admitidos à Conferência pois ainda estavam em falta as remessas de volfrâmio…!”

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