NÃO

Dificilmente o que temos ali é um jardim.

Mais um parque.

Procurei atentamente por flores.

Até posso imaginar que aquele cantito de plantas ornamentais possa vir a “salvar (mas mal) a honra do convento”!

Lá vislumbrei uma florzinha vermelha e adiante um conjunto mínimo de outras lilás claro.

Não gosto de parques? Sim, obviamente sim.

São sempre espaços privilegiados de contacto directo com a Natureza.

Mas o que queria naquele sítio de tão boas recordações era mesmo um jardim a sério.

Desgraçada foi a ideia, no passado, de desfigurar o que tínhamos.

Fiquei contente por terem sido retirados os buxos da cercadura, tornando o lugar mais aberto, menos soturno na caída da noite.

Mas lamentei profundamente a colocação de brinquedos modernaços, não tendo restado um único baloiço.

A Preguiça de Laranjeira Santos nunca percebi por que a retiraram.

E da saga do corte de árvores que “varreu” tantas?!

Direi que não acredito na tese dos problemas fitossanitários em todas.

O coreto, saudoso coreto, em que todos brincámos e também as nossas crianças? Onde estará?

Sublimou-se: passou directamente do estado sólido ao gasoso!

Por isso o não encontramos!

As estilizadas folhas de plátano que adornam a estrutura agora a ser colocada, deveriam conferir leveza ao conjunto.

Mas não.

Para mim aquilo é mais um machacaz pesadão como outros que a cidade ostenta. Fico triste! Espero pelo final das obras mas estou céptica.