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Opinião: Europa em Davos: defender a Democracia

17 de janeiro às 09h28
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Esta semana realiza-se a tão esperada reunião anual do Fórum Economico Mundial em Davos. Antecipando a reunião, a organização divulgou um relatório em que coloca a desinformação como principal risco para o mundo. Este facto é ainda mais importante pois, como escrevi aqui da última vez, 2024 será o ano em que se verificará o maior processo eleitoral na história das nossas democracias, com mais de 50 nações e 2 mil milhões de pessoas a irem a votos.
A desinformação pode ainda ser exacerbada pela utilização da Inteligência Artificial que tanto pode servir para a combater mas também pode, e muito, sobrecarregar a desinformação através da utilização de vídeos e mensagens de texto falsas, o que tornará mais difícil para os cidadãos saberem em que acreditar.
Potencialmente, a Inteligência Artificial poderá minar ainda mais a confiança e aumentar a polarização das nossas sociedades como hoje já se verifica em Portugal, uma vez que mais pessoas se limitarão a acreditar apenas em informações que correspondam às suas crenças e sentimentos, sem questionarem ou equacionarem pensamentos contrários.
Felizmente, muitos europeus estão atualmente conscientes do facto de notícias falsas estarem a ser divulgadas, uma vez que 54% dos cidadãos não têm a certeza se uma informação que viram na Internet era verdadeira. Ainda assim, menos de metade dos europeus afirmam investigar activamente informações na Internet, com apenas 22% dos inquiridos a reportarem notícias falsas. A grande maioria dos inquiridos, 85%, acredita que os políticos deveriam tomar mais medidas para combater a desinformação.
É assim fundamental utilizar a Inteligência Artificial de uma forma positiva por forma a combater os elevados níveis de desinformação que podem surgir. Neste contexto, a Europa acelerou as negociações para a Lei da Inteligência Artificial da UE, que foi recentemente concluída – a primeira lei abrangente sobre IA que pode ter um efeito de repercussão em outras jurisdições.

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