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Opinião: Era só o que nos faltava!…

21 de fevereiro às 12h36
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Desta vez, a possibilidade de uma guerra, não é lá longe Palestina, na Síria ou no Afeganistão.

Não, é já aqui às portas da Europa e nas barbas de vários estados membros da União Europeia; deste que é o mais importante e duradouro projeto de paz no mundo.

Ainda nos estamos – nós europeus e o resto do mundo! – a tentar recompor dos efeitos de outra guerra – a pandémica – e, de repente, por entre inflação crescente, taxas de juros na iminência de subirem, eis que surge a “tempestade perfeita” para nos derrubar económica e socialmente por mais uns anos.

Isto, sem falar da lamentável e terrível perda de milhares de vidas que potencialmente acontecerá e às quais não poderemos ficar indiferentes.

É, ao mesmo tempo, uma “oportunidade de ouro” para a União Europeia mostrar a sua unidade e reforçar os respetivos valores humanistas.

Do ponto de vista prático construir uma estratégia de defesa comum, mas também para afirmar a relevância da respetiva diplomacia.

Bismarck disse que “quanto mais fortes somos, menos provável é a guerra”.

Hoje, mais fortes é sinónimo de intransigência pela paz, pela soberania dos povos, pelos direitos humanos, pela afirmação das democracias para lá das fronteiras europeias e, também, pela defesa do diálogo como única via adequada para a resolução de conflitos. Importa revisitar e conhecer a história para não cair nos mesmos erros.

Desde a guerra fria – que uma grande parte dos europeus não viveu – que não se assistia a tamanha incerteza e ameaça bélica, pelo que está em causa, além do nosso conforto e segurança, o reforço do projeto europeu em que não há espaço para uma extrema-esquerda saudosista do projeto soviético, nem para uma extrema-direita que vê na instabilidade a oportunidade para a destruição dos pilares fundamentais do projeto europeu.

Hoje, mais do que nunca, os conceitos de soberania estratégica e de soberania digital da União, que passam por projetos comuns em torno da produção de microprocessadores até à suficiência energética, ganharam oportunidade e relevância.

Estamos a viver um momento histórico e sem volta atrás na afirmação de uma UE mais forte e mais coesa!

Em Paz e pela Paz!

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