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Opinião: Criar esperança no mundo

17 de fevereiro às 12h26
1 comentário(s)

Os tempos que vivemos deve levar-nos a uma profunda reflexão sobre a natureza humana e o nosso papel neste planeta a que chamamos Terra.
Em todos nós há uma luta constante entre duas forças antagónicas: uma que nos impele a fazer o bem, a amar os outros, a criar empatia com aqueles que nos são próximos, mas também com quem não conhecemos. Por outro lado, faz parte da natureza humana um certo egocentrismo que, quando levado longe demais, conduz ao desencadear de conflitos e múltiplos problemas sociais, económicos e muitos outros, de entre os quais as guerras. Incluiria neste egocentrismo, a própria religião. Quando se diz e pensa, a minha religião é melhor que a tua, pode ser meio caminho andado para o desencadear de conflitos, É muito triste ver confrontos tão mortíferos em nome do mesmo Deus …
Podemos dizer que sempre houve guerras, crimes e confrontos sociais que levam o ser humano para longe do único caminho para a felicidade: a paz e o amor. Mas a grande diferença é que, no passado, as ocorrências, boas ou más, eram apenas conhecidas local ou regionalmente, não tendo reflexos significativos em outras áreas.
Hoje, beneficiando da extraordinária tecnologia de que dispomos, os meios de comunicação em geral e as redes sociais e a internet levam no momento, todas as notícias, a todo o mundo. Até aqui não há problema, antes pelo contrário, o conhecimento e a informação, são muito importantes na vida das pessoas. As coisas complicam-se quando falamos da qualidade da informação transmitida e da forma de o fazer.
Na questão das redes sociais, a responsabilidade é, sobretudo individual, apelando-se ao bom senso daquilo que se escreve, sobretudo em impulsos momentâneos, mas cujas consequências são imprevisíveis.
Já no que se refere à comunicação social, a responsabilidade é sem dúvida individual, mas também coletiva. Quando se puxa sistematicamente para primeira página notícias “explosivas” sobre guerras, crimes ou outras desgraças, a mensagem é muitas vezes deprimente e negativa. Por que não dar mais realce às boas notícias, às boas ações e ao muito de positivo que vai sendo feito e que pode e deve ser replicado?
A título de exemplo, recordemos o que ocorreu no dia do doente, 11 de fevereiro. Na celebração desta data importante, estiveram importantes individualidades, mas também doentes e diversas associações que os representam e que no dia a dia procuram ajudar quem está mais vulnerável. Gostávamos de ter visto o acontecimento noticiado.
É nos momentos mais difíceis da vida, individual ou coletiva, que mais necessidade temos de pensamentos, atitudes e notícias positivas. Quando um canal de televisão passa horas, em horário nobre, a dar notícias, comentários e sobretudo imagens, de guerras, crimes ou desastres naturais, está certamente a gerir o seu negócio, mas não está a prestar um bom serviço público.
Enquanto se noticia, de forma catastrofista, muito raramente se faz referência a tantas e tantos que, embora no anonimato, procuram minorar o sofrimento das vítimas.
Há, felizmente, várias organizações que, embora sem publicidade, vão fazendo o seu trabalho solidário. O movimento rotário é uma dessas organizações que, nas emergências, se associa no apoio humanitário. Mas, a mais importante atividade rotária é a longo prazo, mais humanística, procurando mudar o curso de vida de quem não tem condições mínimas de qualidade de vida, de saúde, de educação.
A Rotary Foundation, é uma fundação que, vive dos donativos de grandes doadores, mas também de pequenos donativos (todos podemos doar). Esses valores são depois utilizados a nível global em projetos da maior importância social e humana.
O tema rotário deste ano é muito estimulante: crie esperança no mundo. Sob esta “bandeira”, todos, rotários e não rotários, podemos ajudar este mundo a ficar um pouco melhor. Basta que cada um, de forma consciente, dê o seu contributo.

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1 Comentário

  1. Madeira Gis diz:

    Completamente de acordo. A comunicação social parece não ter mais nada para anunciar que não sejam, guerras, dificuldades do SNS, greves e outras desgraças, e isto, na comunicação escrita e falada. Parece que já era tempo dos responsáveis por esses órgãos de comunicação darem inicio a outros caminhos, os portugueses não só agradeciam como também teriam mais prazer nas noticias.

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