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Opinião: Conexão Coimbra- -São Paulo

02 de agosto às 12h30
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O património e a cultura da língua portuguesa acabam de reemergir das cinzas em São Paulo – a cidade que concentra mais falantes de português no mundo – com a reabertura do Museu da Língua Portuguesa, seis anos após o devastador incêndio. Na passada manhã de Sábado, a Estação da Luz atraiu várias vozes e autoridades da globalidade lusófona para celebrar e homenagear com diferentes sotaques a reabertura de um espaço universal de conexão intercultural pela língua mais falada no hemisfério sul. Após notável esforço de mobilização e investimento público-privado na ordem dos 85 Milhões de Reais o museu reabre melhor e mais inovador. Além da parceiros chave como a EDP Brasil, a Fundação Roberto Marinho, o Grupo Globo e Itaú, a Fundação Calouste Gulbenkian, entre outras empresas e entidades associadas ao esforço de reabilitação do museu, importa destacar o compromisso do Governo do Estado de São Paulo para fazer acontecer esta reabilitação em apenas 6 anos de um museu que até 2015 recebeu mais de 4 milhões de visitantes. Mais do que simbolismos e autocontemplações, a devolução do museu ao público é um ato de cidadania pela memória literária de tantos e tão diferentes escritores como Guimarães Rosa, Fernando Pessoa, José Craveirinha, Francisco Tenreiro, José Saramago, entre outros porta-estandartes da língua portuguesa falada, escrita e acarinhada por cerca de 4% da população mundial nos quatro cantos do mundo. Agraciado agora pela novel Ordem de Camões, este espaço merece-nos particular estima também por se encontrar em São Paulo, uma cidade-irmã e geminada com Coimbra desde 1997. Este eixo de reconhecimento universal do valor da língua portuguesa aproxima Coimbra e São Paulo.

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