Não como início de processo. Penso que todos estamos de acordo quanto à consideração que um imóvel degradado e devoluto é um atentado à saúde pública, à paisagem e ao usufruto que um determinado espaço poderia proporcionar a um conjunto, maior ou menor, consoante o caso, de pessoas.
É também visível, por todo o concelho da Figueira, mas sobretudo nas zonas de maior centralidade, que há imóveis muito degradados e devolutos cujo destino há muito deveria já ter sido traçado, seja no sentido da reabilitação (melhoramento das condições do imóvel, tanto a nível interno como externo, mas mantendo a mesma funcionalidade), da requalificação (adaptação da estrutura física do imóvel a um uso diferente para que foi inicialmente concebido) ou da renovação (demolição e construção de novos imóveis e infraestruturas).
Em qualquer dos casos, há programas, financiados por fundos europeus, que os apoiam, pelo que o que tem faltado é zelo pelo espaço público e capacidade para resolver, da melhor forma possível para todas as partes envolvidas, estes problemas.
Na Carta de Aalborg, em 1994, acordou-se em reconhecer que “não podemos permitir a transferência dos nossos problemas, nem às comunidades mais alargadas, nem às gerações futuras”, pelo que devemos resolver as nossas dificuldades e desequilíbrios pelo princípio da negociação aberta. Nunca mais aprendemos?!…