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Opinião: “Boloting, proposta de actividade física”

02 de dezembro às 13h17
2 comentário(s)

Está aí o tempo frio, à nossa escala. Uma forma de aquecer é praticar alguma actividade física, faz bem ao corpo e à mente. E nada como praticar ao ar livre, caminhadas, corridas, pedaladas. Aproveitemos, é barato e faz-nos bem.
E que tal juntar a actividade física a um comportamento cívico-ambiental simpático?! Os suecos inventaram o plogging. O termo resulta da combinação de «plocka upp», que em sueco significa recolher, com jogging.
Consiste em correr ou andar e ir recolhendo o lixo que se encontra pelo caminho. Consta que é uma actividade muito completa, aeróbica. Leva-se um saco, corre-se ou anda-se, fazem-se agachamentos para recolher o lixo. No fim praticou-se exercício físico e praticou-se uma boa acção. E sentimo-nos alegres por isso, desde que não nos lembremos dos energúmenos que ali deixaram o lixo, nem das empresas que produzem embalagens como se não houvesse amanhã, nem da ineficácia dos estados a regulamentar essa produção… bom, já estou a estragar o Zen… fiquemo-nos hoje pela boa sensação de ter praticado uma boa-acção…
Se procurarem na internet vêem que já há grupos organizados, aplicações para telemóvel que medem calorias e indicam os postos de reciclagem mais próximos.
Gostando de dar umas caminhadas tenho encetado uma actividade mais ou menos inspirada no plogging, o «Boloting». O termo surge da combinação de «bolota» com o estafado joggigng… E em que consiste? Durante a corrida (no caso pessoal corrida é metafórico) ir recolhendo as bolotas que se encontram pelo caminho. Guardá-las e, chegando a áreas «que precisem», espalhá-las… Não garanto o efeito espetacular observado pelo Ideiafix no Domínio dos Deuses (falta-nos um druída com uma poção eficaz) mas garanto uma sensação agradável. Uma mistura de sensação de voluntário humanitário que resgatou uma bolota da esterilidade e a «libertou» num ambiente onde possa desenvolver-se, com a sensação de um combatente que fez uma pequena acção de guerrilha contra um exército poderoso…
Faz algum bem pelo ambiente? Não sei, duvido. Mas é muito agradável ao próprio, acreditem. Ah, e mal não fará…

Pode ler a opinião na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS 

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2 Comentários

  1. Loureno diz:

    É isso mesmo, Sr. Mário Reis. E até munir-se de uns bastões de trekking, que agora já não é só usança nórdica, e espetar os papéis e as máscaras com eles. A Greta Thunberg aprovaria. E decididamente também é uma actividade de agrado pessoal. Os bastões de trekking não são propriamente para bater em ninguém, mas podem ser utilizados como instrumentos disuasores dos energúmenos… Alguns lusitanos também são resgatados da esterilidade laboral quando vão para a Suécia att plocka bär och svamp. 🙂

  2. Lourenco diz:

    É da minha responsabilidade a supressão do segundo 's' em dissuasores, mas não é da minha responsabilidade o vosso bug crónico dos diacríticos…

    É isso mesmo, Sr. Mário Reis. E até munir-se de uns bastões de trekking, que agora já não é só usança nórdica, e espetar os papéis e as máscaras com eles. A Greta Thunberg aprovaria. E decididamente também é uma actividade de agrado pessoal. Os bastões de trekking não são propriamente para bater em ninguém, mas podem ser utilizados como instrumentos dissuasores dos energúmenos… Alguns lusitanos também são resgatados da esterilidade laboral quando vão para a Suécia att plocka bär och svamp. 🙂

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