Opinião: A Figueira devia ter um museu do mar?
SIM
O Museu do Mar faz sentido na Figueira da Foz, enquanto oferta diferenciadora do concelho e projeto inovador a nível mundial.
Um Museu que não seja apenas um espaço de conservação de artefactos e memórias, mas sim um espaço de fortalecimento da cidadania e da investigação científica, uma forte atração.
Um Museu inserido no próprio mar, um projeto ambicioso que coloque a Figueira na vanguarda da proteção dos mares, simulando a destruição causada pela pesca de arrasto, mostrando a dureza da vida dos pescadores e os riscos que correm e a acumulação de microplásticos no fundo dos oceanos.
O espaço em si não deverá chamar-se de Museu, porque a palavra está conotada com um passado estático, com a acumulação de testemunhos que pouco dizem às pessoas.
Terá que ser um espaço de experiência táctil, de ver e sentir o mar nas suas múltiplas formas.
É essencial construir um espaço virado para os mais jovens, para quem acompanhar uma visita guiada aos tradicionais museus é como um convite para ir ao dentista.
Infelizmente o dinheiro municipal tem sido gasto em projetos de utilidade duvidosa e não há fundos para aquilo que é a minha visão de um Museu do Mar.
Sou da opinião que um tradicional Museu, conservando testemunhos e artefactos, poderá surgir dando vida a edifícios devolutos, que estejam ligados ao mar, sem gastar o dinheiro que não temos e pensando na sua sustentabilidade económica, captando mecenas.