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Opinião: A Europa está “corcunda”

22 de fevereiro às 12h13
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A velha Europa, garbosa e extraordinária, quase sempre invejada, tem perdido unidade e relevância a favor da sagacidade de terceiros que dela dispõem, estando hoje vergada a uma preocupante condição de instrumento económico e político.

Esta semana foi noticiado que, em representação da Europa, “a Presidência francesa propôs que uma cimeira sobre segurança e estabilidade estratégica na Europa seja realizada, primeiro entre Putin e Biden, e depois com todas as partes envolvidas”, assim evidenciando que carece da aquiescência de quem “nela” efetivamente manda, expondo a incapacidade das suas lideranças em conseguirem afirmar motivações políticas e legítimos interesses.

A Europa que hoje notícia o surreal envio de capacetes para a Ucrânia como a resposta possível à ameaça Russa, é a mesma Europa que treme perante a obvia necessidade de implementação de medidas sérias que castrem a eventual aspiração de Moscovo, e que cede sem questionar ao desejo Americano de ver a NATO às portas do Kremlin.

A ambivalência que hoje observamos não é sinónimo de mestria na lide democrática dos problemas que nos batem “à porta”, mas apenas um sinal inquietante da total ausência de liderança por inexistência de uma verdadeira política comum, acobardados perante o receio de consequências.

Sem questionar a obvia necessidade de uma ação firme perante ameaças reais à soberania de um qualquer Estado, importa à Europa observar o passado recente vivenciado noutras geografias e evitar que a história se repita, nomeadamente escrutinando com muito mais critério os escopos de tudo o que nos é dado como garantido.

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