Opinião: A cerca sanitária
Raquel Varela tem espaço livre numa rádio pública onde há cerco sanitário a mais que um partido político. Não há comentadores do PCP residentes, nem do Chega , nem houve espaço de contraditório sobre a imposição sanitária. O fascismo é a intolerância, e está no glóbulo branco dos humanos, percorrendo artérias e tecidos à procura de corpos estranhos ou incómodos. Todos temos!
“O efeito borboleta”, programa de rádio, é o exemplo de uma janela de observação da realidade onde o contraditório não existe e onde todos pagamos para o autor ter liberdade total. No dia dos Depeche Mode em Lisboa, Joel Tito e Raquel Varela deliciaram-se a denegrir e apoucar os cinquenta deputados do Chega avançando mesmo com insinuações não transitadas em julgado. Afirma mesmo o pobre Tito que o mundo onde vive devia ilegalizar o chega. Lembrou -me outro Tito, um purista de esquerda que foi mantido no poder mesmo depois de morto e em decomposição. Desse Tito a esquerda não guarda memória. Um pulha, ditador que fez de tudo na matéria de impedir as oposições. Este novo Tito que escreve livros, odeia a direita, e sobretudo mais de um milhão de “portugueses iletrados”, que votaram no CHEGA. Gente perversa e perigosa! Soltou-se de dentro dele o Khmer Rouge, o Pol Pot e defendeu a reeducação desta gente. Estes perigosos na linguagem dos fascistas de esquerda devem transitar em campos re-educativos. Já vimos disto no passado!
Joel e Raquel dedicaram uma hora do “efeito borboleta” a falar do Chega e a dizer, pasme-se, que se fala demais nele! Pois o Chega não tem nenhum comentador na antena 1. Pois o Chega não tem liberdade de uma hora para expor ideias na RTP. Eles que têm esse privilégio falam de quem? Depeche Mode? Literatura? Tentam a audiência no desprimor dos que não se podem ripostar.
Vamos aos detalhes: 1- o partido de André detesta os imigrantes. Nunca lhe ouvi isso. Nunca disse isso! Sempre ouvi dizer que quer uma imigração controlada. Concordo! O controlado é racismo? Não! É obviamente logística e organização.
2- O partido de André Ventura está financiado pelo grande capital. Ele não negou, pelo menos que eu ouvisse. Verdade! Mas a Mota Engil e o Barrraqueiro financiam PS e PSD tendo até favores indirectos em contratos internacionais e sendo delegação fixa nas passeatas para negócio. Não sou contra, mas não me armo em virgem ofendida.Hoje de manhã soube-se de 12 milhões entregues à Mota Engil nas Jornadas da Juventude sem concursos públicos. Não são do CHEGA!
3- Nunca ouvi indignação na esquerda pelo financiamento da Venezuela ao “podemos”, e há quem diga que ao “bloco de esquerda”. Recordo a história de Alex Saab, Hugo Carvajal e Claudia Díaz que Espanha não quis deportar para a América. Um deles falava abertamente das lavagens de dinheiro do Chavismo.
4- A incerteza legislativa portuguesa, os salários medíocres, a falta de controlo do trabalho no estado (com níveis de absentismo e transgressão incalculável), o cansaço fiscal sobre os que trabalham, a falta de negociação para recuperar os impostos pagos no estrangeiros pelas grandes empresas, a falta de controlo sobre a fuga de impostos de muita gente, o erro colossal que foi encerramento das centrais a carvão do pego e sines…. Tanta coisa que podia ser falada no “efeito borboleta” a explicar o voto zangado dos portugueses.
5- A informação controlada, constrói janelas de observação, como a emigração ao tempo da troika. Apenas 30 mil separam os emigrados de Passos Coelho dos de António Costa. Mas mentem tantas vezes que acreditam que todos vão acreditar.
A cerca sanitária, a falta de senso de pessoas como Santos Silva, construíram 50 deputados do Chega, e a continuar assim, o André é primeiro ministro lá para Outubro de 2024.