Nunca, desde que os antigos gregos estabeleceram a democracia no século VI a.C., que tantas pessoas no mundo foram chamadas às urnas: mais de 50 nações irão realizar eleições, mais de 2 mil milhões de pessoas irão utilizar o seu direito de voto. De facto, 25% da população mundial irá escolher os seus novos representantes, facto este que pode ter um impacto fulcral na direcção das nossas sociedades democráticas.
Portugal assistirá à realização de eleições legislativas, assim como várias outras eleições nacionais se realizarão um pouco por toda a Europa (ex. Finlândia, Bélgica, Croácia, Lituânia, Áustria). A 9 de Junho, os cerca de 450 milhões de cidadãos europeus serão chamados às urnas para escolher os seus novos representantes no Parlamento Europeu e, indirectamente, escolher as novas lideranças da Comissão Europeia e do Conselho.
Ainda este ano, as atenções estarão viradas para as eleições presidenciais que se realizarão na Rússia, mas também para o resultado eleitoral que se verifique na India, um país que assume uma preponderância crescente na esfera geopolítica mundial.
O Reino Unido, México, Indonésia ou um conjunto alargado de países africanos, com principal destaque para a Africa do Sul, são outros exemplos de sociedades que serão chamadas às urnas.
Mas será a 5 de Novembro que todos assistiremos com enorme curiosidade ao desenlace das eleições Americanas, numa contenda que se avizinha extremamente renhida entre o actual e o antigo Presidente.
Ora, num mundo que assiste a tantas eleições num curto espaço de tempo, há que esperar que os processos democráticos sejam fortes e resilientes: que os países menos democráticos permitam às suas populações o livre exercício do direito de voto, que os extremismos de esquerda e de direita sejam limitados, e que cheguemos a 2025 com uma sociedade mais democrática, justa e plural.