Opinião: “1 Outubro – Dia Nacional da China”
Foi a 1 de Outubro de 1949 que Mao Tse Tung, líder do exército vermelho, declarou, perante uma multidão na Praça Tiananmen, a fundação da República Popular da China, após uma guerra civil onde as forças comunistas saíram vitoriosas sobre o então governo nacionalista.
Desde esse momento, o dia mais importante da nação é celebrado com pompa e circunstância em todo o país.
Desfiles civis e militares, espetáculos de dança, concertos, exposições de pintura, caligrafia e fogos-de-artifício são atividades bastante populares neste dia.
Tal como no resto do mundo, os dias nacionais assumem para cada país uma importância e um simbolismo ímpar, não apenas a nível cultural, mas também, na exaltação da sua soberania e do modelo político adotado.
E nestes 72 anos de República Popular, muitos são os motivos para celebrar. Sempre sob a liderança do Partido Comunista, é a ele que se atribuem os créditos do famoso milagre económico chinês, o qual levou a China à categoria de segunda economia mundial.
Com um impressionante desenvolvimento económico, a China ergue a bandeira de país mais industrializado do mundo e com as maiores reservas de divisas estrangeiras, substituindo as conhecidas exportações de produtos sem valor agregado por tecnologias de ponta.
A tudo isto, juntou-se um correspondente progresso social, cujo maior marco foi, sem dúvida, a erradicação da pobreza absoluta, atingida no final do difícil ano de 2020.
Pese embora, todas as mudanças e crescentes diferenças que se vão constatando, relativamente ao mundo ocidental, designadamente no que a direitos de personalidade e liberdades individuais diz respeito, quem por aqui vive, talvez ainda, assolada pela memória das dificuldades passadas, opta por exaltar, fervorosamente, o alto desenvolvimento do Estado, a prosperidade e o bem-estar da sua população, cujo sucesso é visível diariamente.
Como muitos vaticinam, 72 anos é apenas o começo. O futuro sorri ao Império do Meio e, com ele e segundo ele, ao resto do mundo…oxalá, seja mesmo assim!
Pode ler a opinião de Filipa Guadalupe, que reside em Macau, na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS