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Mário Velindro:“ISEC não aceita ser ameaçado pelo instituto para o qual entrou de boa-fé”

06 de dezembro às 16h03
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Foto DB-Pedro Ramos

O presidente do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) não foi parco nas palavras. Ontem, na sessão comemorativa do centenário conjunto da Coimbra Business School | ISCAC e da escola que lidera, Mário Velindro aproveitou para responder às críticas lançadas na semana passada por Jorge Conde na sua tomada de posse.

Recorde-se que o presidente do Politécnico de Coimbra advertiu que o ISEC tem que ser “uma escola mais presente no Politécnico, mais presente nas estratégias conjuntas de territorialização, de investigação e de internacionalização, sob pena de se ver a caminhar sem companhia e sem apoio”.
Ontem, aproveitando a presença de Jorge Conde na sessão comemorativa, Mário Velindro disse que o ISEC “não aceita, nem se intimida, e muito menos, aceita seguir estratégias que possam beliscar o regular funcionamento do ISEC”.

“O Instituto Superior de Engenheira de Coimbra é uma escola ciente e ciosa da sua autonomia e, se for necessário, irá defendê-la em todas as circunstâncias”, garantiu.

Lembrando que o ISEC tem professores doutorados nas “mais exigentes escolas de engenharia e com provas dadas além-fronteiras”, e “alunos de sucesso por toda a parte”, Velindro admitiu que “defenderá os seus direitos, o cumprimento da lei e das regras do ensino superior onde quer que seja preciso”.

“O ISEC irá deixar bem claro que não aceita ser ameaçado pelo instituto para o qual entrou de boa-fé e com as melhores intenções em 1988”, acrescentou, desejando que seja “respeitada a liberdade e autonomia da ação na gestão das escolas”.

Minutos depois, ao intervir na sessão, o presidente do Politécnico de Coimbra nada disse sobre as afirmações de Mário Velindro. E mais tarde, ao DIÁRIO AS BEIRAS, preferiu não responder às críticas do presidente do ISEC.

Sobre as comemorações do centenário conjunto da Coimbra Business School | ISCAC e do ISEC, Jorge Conde lembrou que o ensino politécnico “tantas vezes desprezado e desconsiderado por muitos – e tantas vezes por muitos dos que nele lecionam – teve a sua origem no ensino técnico, de cariz muito aplicado e baseado no saber-fazer, características que ainda hoje mantém”.

“Estou certo que o ISCAC e o ISEC saberão manter a matriz que os caracteriza de escolas em atualização, em inovação e onde a criação de saber acontece em permanência. Escolas com ensino baseado no saber-fazer, de forte ligação ao mercado de trabalho, mas também à ciência”, reconheceu.

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