Força Aérea inaugurou hoje telescópio ótico desenvolvido por empresa de Coimbra
A Neuraspace – empresa de tecnologia espacial com sede no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra – apresentou hoje, terça-feira, na Base de Beja da Força Aérea Portuguesa, o mais avançado telescópio ótico construído em Portugal.
Num investimento total de 25 milhões, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), este é mais um passo da Neuraspace para garantir a segurança espacial, tendo em conta já monitoriza mais de 300 satélites em todo o espaço.
Afirmando-se como “uma das líderes mundiais na gestão do tráfego espacial (Space Traffic Management), a Neuraspace desenvolveu este telescópio ótico como um produto exclusivo para operadoras de satélites, sustentado por Inteligência Artificial e Machine Learning.
O telescópio vai ser utilizado para “evitar colisões com detritos espaciais e outros satélites”, com base num seguimento de objetos espaciais com elevada fiabilidade. Os dados recolhidos poderão “ser correlacionados com os dados que a Neuraspace reúne de diferentes fontes com múltiplos parceiros, reforçando assim a informação para os operadores que recorram aos serviços da empresa aerospacial portuguesa”.
De acordo com a empresa, a parceria com a Força Aérea Portuguesa pretende também “reforçar as capacidades de Portugal nas áreas de Space Situational Awareness (SSA) e Space Surveillance and Tracking (SST )” e a sua especialização na segurança espacial, “um domínio que o país há muito identificou como sendo de importância estratégica para a sua economia, proteção civil e segurança de infraestruturas críticas no espaço e em terra”.
O satélite resultou da Agenda Mobilizadora do PRR “Alianças para a Reindustrialização” que constituiu um consórcio liderado pela empresa, em parceria com a GMVIS Skysoft, Instituto Pedro Nunes (IPN) da Universidade de Coimbra – onde a Neuraspace foi fundada em 2020 por Nuno Sebastião – e Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e o desenvolvimento e Universidade Nova de Lisboa.
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