Coimbra: Sem linha dedicada e com obras à mistura, autocarros não escapam à hora de ponta

Segunda-feira, são 08H20 e estamos na paragem de autocarro da avenida Fernando Namora. A cidade já está acordada e o trânsito rodoviário começa a ter dificuldades em circular em hora de ponta.
Os transportes públicos são escassos ao lado de tantos automóveis individuais. Há pressa para chegar ao trabalho, mas também para deixar um filho na escola ou ir a um serviço essencial.
Vamos, tal como tantas pessoas, ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). A linha escolhida foi a 37, apanhando o autocarro com o horário que sai do Vale das Flores às 08H20 e que, segundo o site dos SMTUC, chegará à paragem da avenida Fernando Namora às 08H28. As previsões apontam para a chegada ao CHUC às 08H45.
Estamos acompanhados na paragem e, um ou dois minutos depois da hora prevista de chegada, e entre o buzinar dos carros, ouve-se, na paragem: “Ultimamente tem chegado a horas, mas hoje já está atrasado”. Ao fundo da avenida, o autocarro começa a aproximar-se, lentamente, entre todos os carros.
O relógio está nas 08H35 quando entramos no 37, o atraso é de sete minutos. O autocarro já tem os lugares sentados todos cheios, mas ainda há muito espaço para ir em pé. Se há quem leve mochila a caminho do polo III da Universidade de Coimbra, há também quem anseie pela chegada aos hospitais. Talvez, pelo dia e a hora, são poucas as conversas que se ouvem. Os auscultadores colocados nos ouvidos de muitos fazem de tampão a qualquer interação.
A viagem vai-se fazendo a um ritmo baixo e é às 08H50 que chegamos ao início da avenida Bissaya Barreto, perto do Instituto Português de Oncologia (IPO) e da entrada este do CHUC . Um ponto de obras no passeio da avenida atrasa ainda mais uma circulação já congestionada. Tal condicionamento faz com que o motorista desabafe em voz alta.
“Passei aqui há uma hora e não estavam cá. Tinham que começar as obras na hora de ponta”. A resposta é pronta, de uma senhora: “Há obras em todo lado”.
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