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Coimbra e Penela recebem festival sobre igualdade de género para crianças

29 de junho às 11h53
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A associação Catrapum vai organizar um festival sobre igualdade de género para crianças e jovens, em novembro, nos concelhos de Coimbra e Penela.

O festival, intitulado “Género ao Centro”, vai contar com uma peça, conversas e oficinas de música e pintura, nas quais serão abordados temas como o género ou a orientação sexual, com sessões pensadas para escolas, famílias e a comunidade em geral, afirmou hoje a associação, em nota de imprensa enviada à agência Lusa, salientando que o projeto é apoiado pelo Programa de Apoio à Ação Cultural da Direção Regional da Cultura do Centro.

O festival, que vai realizar-se de 05 a 07 de novembro em Coimbra, e de 19 a 21 de novembro em Penela, vai dinamizar várias sessões da peça “Frida e Chavela – Uma estória de humanidade”, um espetáculo apoiado pela Universidade de Coimbra.

Na peça, Frida Kahlo é interpretada pela pintora Élia Ramalho e Chavela Vargas pela cantora dos Pensão Flor e Macadame, Vânia Couto, num espetáculo com pintura e música ao vivo, em torno das duas mulheres “irreverentes e livres num mundo onde nunca foram aceites”, explicou a associação.

Segundo Vânia Couto, falar das duas mulheres é falar de questões como a emancipação feminina ou orientação sexual (Chavela Vargas era homossexual).

“Já tivemos um espetáculo na Catrapum que falava sobre algumas questões da igualdade de género e sempre fomos recebidos de forma positiva pelas crianças. Isto não é nada propaganda, é lúdico e dá a possibilidade de assistirem a coisas normais e perguntarem sobre coisas normais”, disse à agência Lusa a artista.

No final de cada sessão de apresentação da peça, é realizada uma conversa com o público. A ideia é desmistificar preconceitos, tirar dúvidas e discutir ideias com os mais novos, e vai contar com “a participação de convidados LGBTQIA+ para darem o seu testemunho pessoal”, bem como com a presença de dois psicólogos e associações que trabalham estas temáticas.

Ao longo do festival, o público é também desafiado a participar em oficinas de pintura e de música de intervenção sobre os temas.

Os trabalhos de pintura serão expostos e o resultado da oficina musical vai encerrar o festival.

A Escola da Noite, a Câmara de Penela, a Casa Qui, o Jazz Ao Centro Clube e a associação Existências são alguns dos parceiros do festival.

Vânia Couto salientou que pretende que o festival se prolongue no tempo, mas também que consiga “chegar a outros lugares”.

“Queremos que haja interesse de associações, escolas e câmaras para o poder repetir noutros lugares do país”, frisou.

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