Diário As Beiras

“Espero poder dizer que temos menos festa e mais bem-estar” (com audio)

JORGE CAMARNEIRO JA

Jorge Camarneiro é vereador da CDU e integra o executivo camarário socialista de Montemor-o-Velho

Por que aceitou integrar o executivo de maioria relativa do PS?

Temos a opinião que o eleitorado nos transmitiu que acredita que a CDU e os seus eleitos podem ajudar a fazer a diferença.

Um entendimento implica cedências. Em que cederam a CDU e o PS?

Naturalmente que, ao integrar um executivo do PS, que tem um programa diferente, estamos a ceder em relação à execução do nosso programa. Não houve uma cedência ponto a ponto.

Foi eleito pelo “voto de castigo”, ou o eleitorado encontrou na sua candidatura uma voz que deve ser ouvida?

Houve um pouco de tudo. Há uma percentagem de crescimento que se deve às políticas nacionais do Governo PSD/CDS. Também há uma componente local.

E nessa componente local também pode entrar a equação de Luís Leal não ter podido recandidatar-se?

Claro. Se calhar, houve pessoas que teriam votado em Luís Leal e reequacionaram o seu voto. Mas há casos em que o voto foi convicto.

Que espera deste mandato?

Espero poder dizer que há mais empresas a funcionar, mais pessoas a trabalhar e a fixarem-se no concelho. Espero poder dizer que temos um concelho com melhor higiene e limpeza e saúde pública, mais alinhado com os municípios mais desenvolvidos, ao nível da informática e da comunicação com os munícipes, etc. Espero poder dizer aos munícipes que temos menos festas e romarias, por conta do orçamento da câmara, e que temos muito mais bem-estar para todos.

Qual é a dimensão da dívida da câmara?

Os dados fornecidos por um auditor externo apontam para um passivo de 61 milhões de euros, que incorpora 32 milhões de acréscimos e deferimentos. Devemos ter uma dívida (real) de curto, médio e longo prazo de cerca de 29 milhões de euros. Depois, temos processos em tribunal que rondam 1,5 milhões de euros, que o município poderá ter de pagar (parte deste montante), se perder as ações.

É empresário e economista. Aplica os ideais comunistas na sua atividade empresarial?

(…) Os funcionários das empresas que administro, muitas vezes com problemas para as próprias empresas, nunca tiveram redução de salários. E, sempre que possível, têm aumentos e ganham acima das tabelas salariais.

Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra na Foz do Mondego Rádio (99.1FM) e em www.asbeiras.pt