Diário As Beiras

“Estou muito otimista em relação à nova direção” (com audio)

Foto de Jot' Alves

Foto de Jot’ Alves

Que legado deixam os seus mandatos na ACIFF?

É difícil falar em causa própria. Aquilo que eu gostaria de destacar é o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos, em que houve um período de grande colaboração entre a ACIFF e a Câmara da Figueira da Foz. Começou em 2003, com um protocolo de intenções, que tive o grande prazer de finalizar, neste mandato. Esse protocolo passou pela venda da Casa do Paço à câmara, pela criação da incubadora de empresas e por outras iniciativas realizadas em conjunto, nomeadamente a regeneração urbana.

O que espera do seu sucessor, João Damasceno?

Estou muito otimista em relação à nova direção e à sua capacidade desta estabelecer diálogo com as estruturas locais. Nós, com algum desgosto, não conseguimos fazer um diálogo tão profícuo, ao nível local, nos últimos dois, três anos. Penso que o novo presidente tem mais condições. A nossa equipa sofreu um pouco de desgaste. Quando fui convidado (em 2007) para encabeçar a lista, havia um acordo tácito segundo o qual haveria um sucessor em 2009 e aquilo que aconteceu é que acabámos por fazer dois mandatos.

Por que razão não têm aparecido listas concorrentes aos corpos sociais?

A responsabilidade inerente a uma direção da ACIFF é significativa. Por um lado, vemos o emagrecimento do tecido empresarial. Por outro lado, a associação tem crescido. A título de exemplo, em 2007, o orçamento foi de 200 mil euros e o de 2010 foi de 1,2 milhões de euros.

A incubadora de empresas também está a ser afetada pela crise?

Neste momento, temos uma taxa de ocupação de cerca de 50 por cento, mas algumas empresas estão no fim do período de incubação. Portanto, temos de encontrar novas empresas, para substituir as que vão sair.

Que leitura faz do surgimento de novas associações empresariais na Figueira da Foz?

Num primeiro momento, pode deixar-nos um pouco preocupados, porque as pessoas não procuraram a ACIFF para resolver os problemas. Mas num segundo momento vejo essa situação com naturalidade.