A Câmara de Soure aprovou o relatório de gestão e prestação de contas da autarquia relativo ao exercício de 2021, com um saldo positivo superior a 1,3 milhões de euros.

O documento foi aprovado por maioria em reunião extraordinária do executivo municipal liderado por Mário Jorge Nunes, com quatro votos a favor dos socialistas e três abstenções do PSD.

“A situação financeira continua a ser boa”, declarou Mário Jorge Nunes à agência Lusa, considerando que “os resultados são excelentes para os tempos que correm”.

Da execução orçamental de 2021, “ressalta a total cobertura das despesas realizadas pelas receitas cobradas”, segundo o relatório de gestão.

“Desta execução, resulta um saldo a transitar para a gerência de 2022 no valor de 1.320.601,02 euros. As despesas correntes foram cobertas pelas receitas correntes, tendo sido assegurado um excedente orçamental corrente no valor de 2.488.804,93 euros”, lê-se no documento.

Em termos de equilíbrio orçamental, a receita ascendeu a 17.438.891,78 euros, montante que inclui “reposições e saldo da gerência anterior”, este superior a 1,4 milhões de euros. Já a despesa municipal rondou os 16 milhões de euros.

“Para efeitos de apuramento do equilíbrio orçamental (…), o exercício de 2021 representa um saldo corrente no valor de 1.888.077,50 euros, ou seja cerca de 15,13% das receitas correntes. Cumpre-se, portanto, amplamente este equilíbrio”, de acordo com o relatório.

Também por maioria, foram aprovadas as contas de 2021 da empresa intermunicipal Águas do Baixo Mondego e Gândaras (ABMG), que registou um prejuízo na ordem dos 300 mil euros.

Tal prejuízo será assumido em três partes iguais pelos municípios que integram a ABMG: Soure, Montemor-o-Velho e Mira.

Os documentos hoje aprovados pelo executivo liderado por Mário Jorge Nunes carecem ainda de discussão e votação pela Assembleia Municipal de Soure, em reunião a realizar na próxima semana.