A importância de um sono com qualidade
Desenvolvido pela World Sleep Society (Associação Mundial da Medicina do Sono), o Dia Mundial do Sono é assinalado anualmente na sexta-feira anterior ao equinócio da primavera.
Este ano, celebra-se hoje (15 de março), sob o lema “Sono de qualidade, para todos, por uma melhor saúde global”.
Esta celebração anual tem como objetivo sensibilizar o público para a importância do sono na saúde humana, porque, de acordo com a World Sleep Society, “continuam a existir claras diferenças na higiene do sono entre a população mundial, criando desafios adicionais e acentuando as desigualdades em termos de saúde”.
Ainda segundo a associação mundial, “o sono é uma necessidade fisiológica fundamental para a manutenção da saúde mental e bem-estar geral”. Segundo a associação, um sono com qualidade diminui o risco de problemas cardíacos, respiratórios e neurológicos.
Também a Direção Geral da Saúde (DGS) destaca a importância de assinalar esta data.
O sono é “essencial para a saúde”, e segundo a DGS, “o sono é um estado comportamental, essencial, que faz parte natural da vida de cada pessoa e ocupa um terço das nossas vidas”, refere, acrescentando que “bons hábitos de sono melhoram o nosso bem-estar, o humor, a concentração e a produtividade, bem como as relações familiares e sociais”.
“Ajudam-nos estar focados, a consolidar a memória e a aprendizagem, a promover a saúde cerebral e a manter os nossos níveis de energia”, acresenta.
Existem mais de 100 distúrbios do sono
Contudo, a DGS prossegue, dizendo que “o ritmo acelerado do dia-a-dia, limita por vezes o tempo necessário para parar e alcançar boas noites de sono, o que pode afetar negativamente a nossa saúde aumentando o risco para diversas doenças, diminuindo o desempenho e a produtividade, a capacidade de pensar e tomar decisões, a concentração e memória, tornando mais provável que aconteçam erros e acidentes.”
Atualmente existem mais de 100 distúrbios do sono, sendo a insônia e a apneia obstrutiva do sono os mais comuns.
A insónia é, talvez, a perturbação do sono mais comum, sendo mais frequente na população adulta, e agravando-se com a idade, independentemente das características psicológicas e físicas de cada indivíduo.
Este distúrbio é caracterizado pela dificuldade em adormecer, qualidade reduzida do sono e/ou dificuldade em permanecer a dormir, em circunstâncias e oportunidades adequadas.
Para que estes sintomas sejam significativos, devem ocorrer durante, pelo menos, um mês e interferirem negativamente nas funções diárias do indivíduo.
Outros distúrbios também podem estar presentes como a apneia central do sono, o sonambulismo e o movimento periódico de pernas.
Este tipo de distúrbios estão frequentemente associados a doenças cardiovasculares (doença arterial coronariana, arritmias e hipertensão arterial), metabólicas (obesidade e diabetes), gastrointestinais, psiquiátricas (depressão e ansiedade), neurológicas (alterações cognitivas, epilepsia, défice de atenção, acidente vascular encefálico), dificuldades de memória e de aprendizagem.
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