A concessão da água deve ser renovada na Figueira da Foz? NÃO
No passado próximo perdeu-se (ou quis-se perder) uma oportunidade de ouro para acabar com este “negócio” que em má hora foi acordado pela Câmara Municipal nos idos de 90. Um negócio em que uma das partes arca com todo o ónus, pagando à concessionária pelos seus consumos quase o dobro do que recebe da concessão, e a outra rejubila! Com “razão”: paga cerca de 300 mil€ anuais e recebe quase 600 mil! Os pobres consumidores não acham graça nenhuma pois esta água que corre nas nossas torneiras é das mais caras do distrito e do País.
Paga-se muito à conta da velha estória das taxas. Com o concelho apenas a ser ultrapassado por Tábua no distrito de Coimbra. A água é um bem público, um presente da Natureza. Como pode ser alienado em favor de alguns? Os movimentos em Defesa da Água Pública não desistem e ainda bem.
Não faz o mínimo sentido continuar-se a concessionar, (belo eufemismo para privatizar!) o serviço de abastecimento de água. Já ontem era demais quanto mais “amanhã”! E esta “solução” não significa melhor serviço nem água de melhor qualidade. Preocupa-me a questão da distribuição deste bem essencial, agora que o cenário de seca grave e severa atinge o País.
Apesar das últimas declarações do Executivo camarário sobre o assunto, temo que se venha a sofrer o racionamento do precioso líquido. São urgentes comportamentos sensatos também nesta matéria.