Opinião: Silvina Queiroz
A nova ponte deveria ter duas faixas de rodagem?
Há muito se reivindicava uma nova ponte a montante da Edgar Cardoso. A necessidade estava à vista. Esta reclamação legítima foi caindo em saco roto. De repente ouve-se falar da construção de uma nova travessia sobre o Mondego entre Alqueidão e Lares.
Para quem esperava ansiosamente pela decisão, foi uma alegria! Porquê agora? Por força do Eurovelo e não porque finalmente tivessem sido percebidos os problemas das populações.
Lá veio o balde de água gelada! Uma vez mais a montanha havia parido um rato! Desilusão! Um investimento de monta, não uns “amendoins” insignificantes! E a ponte afinal, será regulada por semáforos, passando o tráfego entre as duas margens à vez!
Como se compagina esta situação, decorrente do facto de se ir implantar apenas uma faixa de rodagem, com a urgência de fluidez? Como poderá tal pontezinha responder às necessidades há tanto identificadas? Como poderá alguma vez ser alternativa à actual ponte da Figueira, nomeadamente nos tempos próximos em que esta entrará em obras de fundo, também elas muitíssimo importantes? Prefiro nem tentar imaginar. Convicta estou de que será o caos!
Dizem os “bem informados” sobre a questão de que os tempos de espera serão irrelevantes. E as ambulâncias também terão de cumprir o tal irrelevante tempo de espera? Ou coloca-se aqui um problema porque se trata de acudir a vidas humanas. Obviamente a ponte deveria ter duas faixas.